sábado, março 29, 2008

10 Anos







A Ponte Vasco da Gama faz hoje 10 anos.

sábado, março 22, 2008

Serra Nevada

Serra Nevada… Nunca, em meia dúzia de presenças, esteve tão pouco nevada. Sinais dos tempos meteorológicos.


Ainda que a paisagem não estivesse plena do branco diáfano e as condições da neve não estivessem no seu melhor não nos arrependemos de rumar à estância de ski mais a Sul da Europa. Assim, acompanhada dos meus comparsas Pedro, António “Capi”, Zofia e Alex instalamo-nos na estratégica Plaza Andaluzia e durante 5 dias estivemos a estraçalhar a neve da Serra Andaluza pertencente à Cordilheira Penibética.
O domínio esquiável comporta 86 km, divididos em 86 pistas de todos os níveis. E a estação está dividida em seis zonas: Veleta, Laguna de las Yeguas, Borreguiles, Loma Dilar, Parador e Rio Monachil. Cerca de 70% esteve disponível para o nosso bel-prazer.

Exceptuando o primeiro dia, os restantes estiveram sempre cheios de sol e com temperaturas impróprias para um local de neve.
Enquanto os paparucos estreantes, Capi e Alex, e a “professora” Zofia se mantiveram nos primeiros dias pelas pistas verdes de Borreguiles a iniciarem-se ao snowboard, eu e o Pedro (o único de ski) fomos andando um pouco por todo o lado, mas essencialmente pelas pistas azuis e vermelhas de Borreguiles e por Loma Dilar.

Os rapazes estreantes não utilizaram Borreguiles - que para além de ser o nome do sector é sobretudo um tipo de vegetação que se consegue desenvolver nas zonas mais altas e com condições climáticas adversas e que historicamente no Verão é utilizada pelos pastores como zona de pastoreio - para pastar mas sim para ganharem perícia e confiança. Assim foi e, sobretudo o Capi, pois o Alex foi-se dividindo entre a neve e os estudos, evoluíram e no ano de estreia desceram umas pistas de um nível médio.

Nos últimos dias não resistimos ir ao sector da Laguna, que é o mais bonito da estância e o que tem maior concentração de pistas vermelhas. As pistas deste sector começam quase no topo do pico Veleta, que é o terceiro mais elevado da Espanha Continental, com 3398 metros. Dizem que deste pico e do Mulhacém, que com 3481 metros é o ponto mais elevado da Espanha Continental, nos dias mais limpos vislumbra-se o Mediterrâneo e Marrocos. Nunca pude comprovar porém as paisagens tangíveis aos meus olhos são suficientemente impressionantes.
Muita actividade, bom visual, boa companhia e disposição era o que se queria. E foi o que houve.
Ver mais reportagem, sobretudo fotográfica, na página do Capi.

sábado, março 01, 2008

London, London

A música de Caetano Veloso “London, London”, também cantada por Gal Costa e, mais recentemente, por Cibelle e Devendra Banhart, foi escrita em 1971 enquanto Caetano vivia exilado na cidade. Relata a estranha (para um brasuca) andança pelas ruas sem conhecer ninguém, sem ninguém a quem dizer olá, no mundo solitário da grande metrópole que, no entanto, a todos acolhia (acolhe?) sem medo.
Melancolia é a palavra que melhor descreve a música e letra, e eu gosto da melancolia.
E gosto também de Londres, ainda que a capital inglesa seja tudo menos melancólica e ainda que muitos possam não gostar da cidade precisamente por se cruzarem diariamente com milhões de pessoas que não se lembram sequer de dizer um “hello”.

«London, London
Caetano Veloso


I’m wandering round and round nowhere to go
I’m lonely in London London is lovely so
I cross the streets without fear
Everybody keeps the way clear
I know, I know no one here to say hello
I know they keep the way clear
I am lonely in London without fear
I’m wandering round and round here nowhere to go

While my eyes
Go looking for flying saucers in the sky

Oh Sunday, Monday, Autumm pass by me
And people hurry on so peacefully
A group approaches a policeman
He seems so pleased to pleace them
It’s good at least to live and I agree
He seems so pleased at least
And it’s so good to live in peace and
Sunday, Monday, years and I agree

While my eyes
Go looking for flying saucers in the sky

I choose no face to look at
Choose no way
I just happen to be here
And it’s ok
Green grass, blue eyes, gray sky, God bless
Silent pain and happiness
I came around to say yes, and I say

But my eyes
Go looking for flying saucers in the sky»

Comer em Londres

Em Londres tudo é caro.
Isto inclui a comida, é claro.
Tirando o Soho, com restaurantes chineses e indianos – um para cada dia do ano -, e à parte os mercados, como o de Camden, com as banquinhas de comes para todos os estômagos e paladares, não é muito fácil gastar pouco dinheiro com as refeições.
Existem, todavia, algumas excepções em conta mesmo para nós portugueses. Falarei do recorrente MacDonalds? Não, nem por isso. Desta vez conseguimos não usar esta opção tão corriqueira, prática e poupadinha (poupadinha deveria aqui levar aspas – estamos em Londres e tudo deve ser encaixado nas devidas proporções).
E as opções / sugestões de restaurantes com preços acessíveis são: Bella Itália, Wagamama e Yo Sushi
À sempre prática comida italiana no Bella Itália junta-se o Wagamama com comida asiática e o Yo Sushi japonês. A propósito deste último, um bocadinho à tonta deslumbradinha fiquei, isso mesmo, deslumbrada com o conceito de passadeira rolante no balcão com os pratinhos às cores, a cada um correspondendo um preço (sai mais barato do que sentar à mesa e pedir um prato de comida japonesa). E porquê tonta deslumbradinha? Porque o nosso Japa, no novo Campo Pequeno, também tem esse conceito e eu só o vim a saber depois de experimentar o Yo Sushi. Resultado? Virei freguesa. Dos 2, espero.


Descubra as diferenças - Japa e Yo Sushi

E a triste conclusão das refeições que fizemos em Londres é: qual é a comida típica londrina?
Não sei.
Eis a prova de que sou uma mera turista, longe dos viajantes que se integram a fundo na cultura, costumes e hábitos dos países e cidades que visitam. Ou será que esta panóplia de restaurantes com refeições de todo o mundo é mais uma prova do multiculturalismo de Londres? Fico-me com esta e, assim, serei novamente uma viajante aberta a todas as experiências.