sábado, dezembro 07, 2013

A Saatchi Gallery

Visita que se preze a Londres não pode falhar a Saatchi Gallery.
Não só pela a arte contemporânea que lá se apresenta, mas pelo enquadramento de todo o espaço. É um edifício imponente com um largo relvado à sua porta e fica na elegante zona da Sloane Square, ao fim de uma bonita rua onde entre outras lojas há uma da Taschen.
Mas o que me diverte sempre são mesmo as obras que vejo nas salas da Saatchi. A criatividade é tanta e o conceito de arte tão alargado que desta vez até pude mesmo ver uma das salas transformadas em cemitério. Como dizia o Pessa, e esta hein?

Londres Versão Outono 2013


Fim de semana alargado, nada melhor do que me dar como prenda de anos um saltinho a Londres. Há sempre tanto para rever ou ver pela primeira vez em Londres que não me canso de lá voltar.

Os habituais problemas no metro não atrasaram em demasia a jornada de sábado, pelo que o pequeno atraso resultou apenas num almoço de sanduíches à toa. Fui directa para o Dover Street Market, género de galeria comercial com uma mão cheia de andares não muito amplos. A roupa e os adereços de moda que lá se vendem não são nem para o meu gosto nem para a minha bolsa, mas gostei de ver a decoração estilo rua despojada e fiquei admirada por ver numa montra a pasta dentífrica Couto à venda. A marca Portugal pelos vistos manda alguma coisa. Ou pelo menos chega até quem manda.



Segui para o Soho, com a Carnaby Street enfeitada como sempre. Daí uma agradável caminhada até ao norte de Convent Garden para conhecer um cantinho que até hoje me havia escapado - o Neal's Yard. É um pátio cheio de cafés e lojas pitorescas envolvido por prédios coloridos. Muito bom contraste com aquele fim de meio de tarde, sol (?) a cair a modestas 16 horas.
 
 
O fim da tarde foi gasto na Foyles, a ver livros e mais livros.

Esta viagem a Londres tinha dois objectivos principais: ver algumas exposições e comer em alguns restaurantes que já levava referenciados. Sábado à noite foi feita a primeira tentativa. Mal sucedida: Koya e Barrafina com filas intermináveis à porta, como sempre. O que vale é que estava sozinha e o Ceviche tinha um lugar ao balcão só para mim. Provei o sempre delicioso ceviche e umas papas não menos deliciosas, rematando a refeição com um cheesecake de lucuma.

 
O dia de domingo foi iniciado com uma caminhada pelo Holland Park, que não conhecia. A manhã estava fresca, viam-se poucas pessoas, umas a correr, outras a passear o cão, outras sentadas num banquinho no Jardim Japonês, a contemplar o lago e as tonalidades intensas das folhas.


Aqui perto fica o museu da Leighton House, "onde o oriente encontra o ocidente". É fácil não se dar pela casa, mas assim seremos um pouco menos felizes e afortunados. Frederic Leighton era um pintor vitoriano e na segunda metade do século XIX decidiu encomendar a sua casa-estúdio. Mais do que as pinturas de sua autoria em exposição, bem como outras que ele coleccionou, incluindo objectos vários e tapeçaria, maravilhou-me o edifício e decoração da sua casa, dividido em várias salas, acompanhado por um extenso jardim. O pátio árabe é simplesmente lindíssimo, delicado com a sua fonte central e nos motivos dos seus azulejos e mosaicos.

A tarde foi dedicada ao Southbank do Tamisa, nomeadamente à Tate Modern e ao The Shard. Começando pela Tate, levava já reservada a exposição de Paul Klee, o suíço-alemão que criou a Blaue Reiter e fez parte do movimento da Bauhaus. As suas obras foram influenciadas pela viagem que fez à Tunísia e podem ser enquadradas no expressionismo, cubismo e surrealismo. As primeiras pinturas em exposição na Tate eram de reduzidas dimensões. Com a quantidade de gente que estava neste centro comercial, perdão, museu, ficou ainda mais difícil observar as obras. Mas Klee tem também telas de dimensões aceitáveis para se poder ver uma nesga por entre quatro ou cinco cabeças. Agora mais a sério: a exposição estava muito boa e o Klee das várias épocas estava bem representado. As suas pinturas são coloridas, a cor é mesmo essencial na sua obra, e algo ingênuas nos motivos.


O resto da Tate estava igualmente impossível para se circular, dai que sem pena tenha seguido rapidamente para o The Shard, mais especificamente para o seu 68 andar, através de uma supersónica ascensão num foguetão. Bom, não é assim tão futuristico, era apenas um elevador, mas rapidíssimo na mesma. O The Shard é actualmente o segundo edifício mais alto da Europa (o primeiro fica em Moscovo) e foi projectado por Renzo Piano, o mesmo do Pompidou de Paris. Mas um não tem nada a ver com o outro.


Este The Shard é uma torre em forma de seta em direcção ao céu inteiramente de vidro. O seu topo parece inacabado, mas é apenas ilusão de óptica. A vista  lá de cima (o elevador para no andar 68, mas nós subimos mais dois ou três andares) abriu ao público em Fevereiro deste ano e é um sucesso, pese embora os cerca de 30 euros de entrada se o bilhete for comprado com antecedência.


A nossa vista alcança toda a Londres. Se tivermos a sorte de ter um dia limpo e claro deve ser uma experiência inesquecível. A mim tocou-me apenas um dia normal da Londres nublada, mas felizmente sem chuva. Escolhi ir num horário que me permitisse ver o dia ainda com luz, mas aproveitar também o escurecer. Algo que em Lisboa se poderia traduzir por por do sol, mas que em Londres é um bocado estranho. Vi, assim, as luzes dos edifícios da city a acenderem, à medida que o céu ficava mais e mais escuro. 



Neste dia optei por não almoçar e jantar duas vezes. À cautela, para não perder outra vez a hipótese de jantar no restaurante por mim desejado, cheguei às 17:35 ao Barrafina, 5 minutos depois de ter aberto, e encontrei um único lugar restante - precisamente o que precisava. À medida que a fila se ia formando e esperava pelas minhas tapas, ia espreitando as dos vizinhos, todas elas com um aspecto delicioso. Eu escolhi uma de morcela com ovos de codorniz e outra de salada de anchovas e bacon. Não me arrependi. E também não me arrependi de não gostar de vinho, poupando assim dinheiro para uma segunda refeição.

Não é que estivesse com fome, mas queria mesmo continuar a experimentar mais restaurantes. Escolhi o recente Chottomatte, na mesma Frith Street. É uma mistura de peruano com japonês, o que me entusiasmou. Mas achei-o um pouco pretensioso e absolutamente exagerado no preço para o tamanho dos pratos. Escolhi novamente (mini) ceviche e tostadas de sashimi de salmão com chili, absolutamente picantes, de tal forma que me vieram as lágrimas aos olhos e tive de me mandar a 2 singelos pedaços de sushi.


Para final da noite, um passeio pela movimentada Chinatown e a certeza de que para a próxima me dedicarei aos seus restaurantes.

Na manhã de segunda-feira vivi os últimos momentos desta jornada londrina. O destino era o British Museum e a exposição de arte Shunga que lá estava patente. No caminho vi um anúncio no metro para uma exposição de Pintura Chinesa no Victoria and Albert Museum e fiquei com pena de não me ter apercebido antes desse evento. Mas a exposição do British, Shunga: Sex and Pleasure in Japanese Art, foi surpreendente e fantástica. A arte erótica para o público em geral aliada à política e à ironia, cómica até. Mais detalhes sobre o assunto em post do Estudante Asiática aqui.

 
A viagem terminou com um almoço no Koya, às 12:30 em ponto, para não perder o lugar. Mas a essa hora o restaurante não encheu, apesar dos seus udon o merecerem a qualquer hora. O Koya serve uns noddles chamados udon, no meu caso acompanhados de uma deliciosa sopa com carne. Valeu a pena esperar mais de um ano para o degustar.

quinta-feira, agosto 29, 2013

Música Lao ou Thai, precisa-se

Gosto de música. Não preciso sequer de entender aquilo que se está a cantar. Encantam-me as melodias.
Daí que desde que estive no Camboja tenha ficado com um certo tipo de música na cabeça. Por sorte descobri um grupo que me acompanha até hoje: os Dengue Fever.
No Laos a mesma coisa. Passava por um sítio qualquer e lá estava aquele género de cantar enrolado, num idioma totalmente estranho, mas agradável aos meus ouvidos.
É muito bonito quando se viaja para outros países dizer que se faz amigos, que se estabelece contactos com os seus cidadãos, que se integra na cultura local. Eu até tento, como no Laos, mas por vezes isso é impossível. 
Ora vejamos. 
Chegada ao Parque Buda, arredores de Vientiane, uma banquinha que vendia sumos tinha um som a tocar. Aquela sonoridade que me persegue nos meus melhores sonhos. Com gestos - não falo laosiano, o rapaz não falava senão laosiano - a apontar para os ouvidos e para o rádio e fazendo o símbolo (ocidental) da pergunta, tentava chegar a uma conclusão do que estava a tocar. Nada. 
Até que chegou a minha grande oportunidade, a que não iria deixar de me trazer os frutos que tanto desejava. O condutor do tuc tuc de Pakse falava um bom inglês, era jovem e gostava de música. Reunidas as condições de uma perfeita comunhão com o cidadão e cultura local, passo-lhe para a mão um papel e uma caneta para que me escreva alguns grupos e cantores que deva ouvir. Calmamente, aguardo que o moço pense e me faça uma, senão excelente, pelo menos boa colecção musical de canções do Laos e da Tailândia. Qual não é o meu espanto quando vejo que tudo está escrito no alfabeto deles. Pois é, o rapaz falava inglês, mas não sabia escrever no nosso alfabeto.
Não me resta senão descobrir por mim a música do sueste asiático que toca na minha cabeça.

sexta-feira, agosto 16, 2013

Bocadasse


Pese embora as Cinque Terre e Portofino, não é preciso muitos quilómetros para se ter uma prainha bem bonita em Génova.
Esta é Bocadasse, pequeno porto e abrigo de pescadores rodeado de casas coloridas que hoje serve para uns banhos.
É pitoresco, mas como a mãe diz, estes gajos aproveitam tudo para estender a toalha ao sol.


 

De Santa Margherita Ligure a Portofino

Portofino


A Portofino chega-se de autocarro desde Santa Margherita Ligure.

Mas como a estrada é estreita e cheia de curvas, parece-me que aqueles que têm receio de enjoar preferem lá chegar de iate. Na verdade eu não tenho receio de enjoar, mas também preferia usar de um sonhado iate e percorrer esta zona da Riviera italiana e escolher um refúgio só para mim e, depois, estacionar no porto de Portofino e sair para beber um cocktail num dos seus bares.

Sonhos à parte, é bom chegar a Portofino. O ideal é percorrer os cerca de 5 quilómetros entre Santa Margherita e Portofino a pé. Nós optámos por fazê-lo na volta de Portofino até Paraggi, estância balnear também exclusiva, mas não tanto. A cada curva uma surpresa, seja pela água incrivelmente clara, seja por um palácio instalado à beira mar.



Quanto a Portofino, e exclusividade, luxo e elite à parte, é lindíssima. As suas casas coloridas formam um quadro perfeito juntamente com a baia do seu porto. Podemos percorrer as suas ruas e sentarmo-nos numa esplanada a assistir ao movimento da chegada e partida dos iates, ou tão somente da vida num iate, mesa montada para o pequeno almoço tardio.

Mas podemos e devemos subir até à sua igreja e castelo e contemplar a pitoresca Portofino e sentir que temos direito a tudo no mundo. Quem tem a vista tem tudo.
 

Porto Venere, a Sexta Terre



Cinque Terre em Fotos

Monterosso



Vernazza



Corniglia




Manarola



Riomaggiore
 

Cinque Terre


As Cinque Terre foram o pretexto para a viagem a Milão e Génova.
Se são distantes de Milão, também o são de Génova para se querer fazer o passeio de conhecê-las todas num só dia. Era um projecto ambicioso, sabia-mo-lo à partida. Mas a missão tornou-se mais difícil quando, saídas bem cedinho de Génova, o comboio ficou parado cerca de uma hora na linha, ao que parece por um indivíduo nela se ter atirado. E acabámos por já chegar a Monterosso, a primeira das Cinque Terre para quem vem do sentido Génova, às 10h 30m.

Alguns factos:

As Cinque Terre são Monterosso, Vernazza, Corniglia, Manarola e Riomaggiore.

Monterosso é a mais populosa. Corniglia a única que não fica logo à beira mar.

Porto Venere, um pouco mais adiante, é por vezes considerada a sexta "terre" e é também património da Unesco.

Todas elas ficam na Riviera di Levante, Liguria.

Às Cinque Terre chega-se de comboio, de barco ou a pé. Entre as Cinque Terre utiliza-se os mesmos meios. Mas por esta época, depois de enxurradas de há tempos que provocaram aluimentos graves, as caminhadas estavam vedadas. Incluindo a possibilidade de fazer a famosíssima Via del Amore, cerca de 20 fáceis minutos a ligarem Manarola e Riomaggiore.

Pena.

E pena também não ter dado para conhecer Corniglia.

E pena ainda não ter caminhado com um pouco mais de tempo para descobrir a vista tradicional de Vernazza, nem de propósito a vista símbolo das Cinque Terre.

Na verdade, apesar dos dias grandes de Verão, com muita luz até tarde, perde-se algum tempo nas deslocações entre as terras. Não há milagres para um só dia, daí que não haja que lamentar o que se perdeu. Antes agradecer o que se alcançou.



E o que têm então as Cinque Terre de especial que faz com que demasiada gente lá acorra?

A vista e mais vista. As suas características geográficas, instaladas junto ao mar, alcandoradas nos rochedos, casas debruçadas sobre ele, encavalitadas umas nas outras, rochedos e baias que adentram à terra que vai subindo. Lá no alto formam-se socalcos, possibilitando a exploração agrícola, sobretudo vinho, azeite e limão. À agricultura junta-se o turismo, seja de europeus, americanos ou asiáticos ou tão somente caminhantes italianos que todos os fins de semana lá acorrem.

Aí temos uma conjugação perfeita. Agricultura e turismo. Mar e montanha.

Os promontórios das Cinque Terre são de facto belíssimos, forte concorrência da Costera Amalfitana, no sul. O deslumbre segue o mesmo. A tal ponto que é difícil eleger qual das Cinque Terre é a mais bonita. Em localização geográfica ficam empatadas. Nas ruinhas que as ocupam, cheias de lojas de produtos tradicionais e restaurantes, também não se destacam umas das outras. Quer isto dizer que vista uma está tudo visto? Nem pensar. Há que chegar e caminhar. Com calma, de preferência. Voltar se possível. Procurar uma vista ainda melhor. Se fosse mesmo obrigada a escolher uma, elegeria Manarola, talvez por ter sido a que consegui ver melhor. E está feita a injustiça de destacar uma das Cinque Terre.

quinta-feira, agosto 15, 2013

Génova




Génova não é tão elegante como Milão, mas possui a sorte de ter a banhá-la as águas do Mediterrâneo. Fundada em 1407, tem um passado glorioso, feito de comércio, sobretudo, e é conhecida como a terra natal de Cristóvão Colombo. Pujante na Idade Média, era uma das Repúblicas Marítimas. O centro histórico de La Superba é património da Unesco e é um dos mais extensos do mundo.

 
Por onde quer que caminhemos esbarramos com portas antigas e edifícios apalaçados, por vezes em ruas tão estreitas que uma envergadura mediana alcança um lado ao outro. A sua geografia é algo acidentada, mas nada que aborreça o viajante. Pelo contrário, dá-nos a possibilidade de subirmos num dos seus inúmeros ascensores e funiculares e obter uma vista de 360 graus da paisagem. Como a do ascensor do Castelletto.




O Porto Antigo domina a cidade para além do centro histórico. Aqui foram efectuadas grandes intervenções nos anos noventa do século passado, como a construção do edifício do Aquário, um dos maiores do mundo. Ainda, alguns símbolos a cargo do arquitecto da cidade e do mundo Renzo Piano, a quem se devem a Biosfera, a bolha que nos atrai as atenções, e o Bigo, ascensor panorâmico (outro) a cerca de 40 metros do solo cheio de tentáculos que nos faz desviar o olhar de tudo o resto.


À entrada do Porto, assim como quem diz à saída do centro histórico, fica o Palácio San Giorgio e sua fachada com frescos pintados a tons verdes claro e amarelo, entrado para a história por ter sido aqui, ao que consta, que Marco Polo ditou as suas viagens a Rusticello de Pisa, enquanto ambos estavam nesta antiga prisão.


Mas quem vem a Génova vem sobretudo pelo seu centro histórico. Extenso, como já referi, e cheio de atracções. A Praça Ferrari, com o edifício do Teatro, da Bolsa e o Paço Ducal é uma boa porta de entrada. A poucos metros damos de caras com a Catedral San Lorenzo, listada como se uma zebra fosse, cuja torre de tão alta se destaca na paisagem quer estejamos onde for.




A piada de Génova é percorrer as ruinhas e ruelas do seu centro histórico, ir ter a praças como a Piazza del Erbe, com os seus edifícios encavalitados a parecer que pedem ajuda. Não se pode dizer que este centro esteja muito bem conservado. Talvez se faça o que se pode, tantos são os monumentos e sítios de interesse em Itália, tanto que há para definir como prioridade. Mas o gosto de nos perdemos por uma rua com graça ou mesmo sem graça, esse ninguém nos tira em Génova.


 
A rua dos palácios por excelência é a Via Garibaldi. Aqui fica o Palazzo Rosso, o Bianco e o Dória-Tursi, a trilogia que constitui os Musei di Strada Nuova. O Rosso, ou Brignole, é do século XVII e o Bianco do século XVI. Ambos albergam colecções de arte genovesa e flamenga, sobretudo retratos de quinhentos e seiscentos. A fachada do Rosso é a que mais se destaca, vermelha como o nome em italiano o indica. O Dória-Tursi é hoje sede do município e o seu pátio seduz, albergando, para além de pintura genovesa, colecções de moedas, louça, tapeçaria e violinos.


Outro Palácio a merecer atenção na Via Garibaldi é o Lomellino, do século XVI. A sua fachada azul acinzentada é a mais bonita e elegante. Quando entramos pelo seu pátio é a ninfa no arco que rouba os nossos olhares.


Uma palavra para os sabores da Ligúria (melhor documentação, como não podia deixar de ser, no saborosíssimo blogue da mana, aqui). Na companhia diária dos gelados experimentei e aprovei o sabor de gengibre no Profume di Rosa. No Gran Ristoro almocei repetidamente as sandes das várias pancettas com os incontáveis ingredientes da pequena casinha sempre com fila à porta. E no Muà acompanhei um delicioso cocktail de menta com um bufete generoso que incluía ostras.