domingo, abril 03, 2005

City Tour em 2 Rodas

Uma forma diferente e saudável de se conhecer uma cidade é, talvez, percorrê-la de bicicleta. Primeiro que tudo, há que saber andar nela. Depois de ganho o equilíbrio, há que gostar de pedalar. Como resultado, aí temos uma alternativa aos transportes públicos e à sola do sapato.
Cá em Portugal existe uma cidade em que se patrocina este meio alternativo de locomoção que, obviamente, não foi exclusivamente pensado nos viajantes nem nada que se pareça. Falo de Aveiro com a sua BUGA (Bicicleta de Utilização Gratuita de Aveiro), que se inspirou nas cidades de Amesterdão e Copenhaga.
Em Lisboa é muito pouco frequente verem-se bicicletas na cidade, pelo menos nos dias da semana, não só pela sua topografia algo desfavorável, mas também, certamente, por motivos culturais. Basta ver as dificuldades que se colocam ao transporte das bicicletas nos autocarros ou metro, mesmo que não seja em horas de ponta.
Talvez por isso, no final dos anos 80 não entendi porque é que o parque de estacionamento da piscina de Maastricht era imenso e todo ele para prender bicicletas, com meia dúzia de lugares para automóveis. Também, quando vi as faixas de rodagem exclusivas para bicicletas que existem em Viena (primeira cidade onde assisti a este "fenómeno"), nem queria acreditar que fosse possível contemplar todo este espaço só para o pessoal do pedal. Em Copenhaga então, as bicicletas regem-se pelos mesmos princípios dos carros e estão em maioria. Tal como em Amesterdão, parece que todos os habitantes as utilizam, seja para passear ou para se deslocarem para o trabalho.
Falando especificamente do caso de Copenhaga, é possível, por cerca de 2,5 euros reembolsáveis (tipo carrinho de supermercado), passear por grande parte da cidade, apanhando as bicicletas onde estejam disponíveis, e deixando-as em qualquer um dos locais específicos espalhados por toda a cidade. Económico, mais rápido, flexível, saudável.
Só um porém quanto a estas bicicletas de Copenhaga: os travões não são os habituais; para travar há que pedalar para trás. Estranho? Sim, mas vale a pena.


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