terça-feira, novembro 15, 2005

NY - O Jazz de Vanguarda

Como confessei no post anterior, o jazz não é o meu forte. Não consigo enumerar mais do que 4 ou 5 grandes nomes do jazz clássico e, se passarmos para os grandes nomes do jazz de hoje, não me lembro de mais ninguém senão do Woody Allen (missão cumprida: estava a ver que escrevia não sei quantas linhas sobre NY e não conseguia falar qualquer coisa do Woody).
Apesar de não ser conhecedora de jazz, gosto de o ouvir, principalmente num bar. Aliás, a minha primeira saída à noite fora de Portugal foi a um bar de jazz nos arredores de Paris, há tempo suficiente para nem sequer me lembrar em que bairro isso aconteceu.
Em NY, uma ida a um clube de jazz é essencial. O difícil é escolher a qual. No Harlem existem uns quantos da velha escola, mas é na West Village que se encontram a maior parte dos clubes de jazz.
Provavelmente, o mais famoso é o Blue Note.
Porém, o facto de ter lido que, também provavelmente, o de maior prestígio era o Village Vanguard, levou-me para este lado. Neste clube, aberto desde os anos 30´, tocaram os maiores nomes do jazz. Numa sala cheia e intimista – até demais, com os meus joelhos e cotovelos a tocarem-se com os do vizinho do lado – assisti a um show de jazz como nunca pensei existir. O trio que se apresentou era composto por Joe Lovano (saxofone), Bill Frisell (guitarra) e Paul Motian (bateria).
Sei hoje que cada um destes nomes é dos mais importantes na sua especialidade. E sei também que o jazz pode meter bateria. E que da mistura de todos estes instrumentos pode resultar um som muito à frente. Realmente de vanguarda.
Boa escolha. A repetir numa próxima ida a NY.