segunda-feira, dezembro 03, 2007

Castelo de Almourol



O Castelo de Almourol, situado no concelho de Vila Nova da Barquinha, e erigido numa pequena ilha do Rio Tejo, pode até ter falhado por pouco a eleição doméstica das nossas 7 maravilhas. Mas o que não falha certamente são as inúmeras excursões de estudantes e velhotes que para ali se deslocam em bando para conhecer aquele que será o mais pitoresco castelo português.
Este local teve ocupação dos Visigodos e dos Muçulmanos, tendo estes últimos construído a fortificação, denominando-a de “Al-morolan”, que significa “pedra alta”.
Após a sua conquista pelo nosso D. Afonso Henriques, o castelo foi entregue à Ordem dos Templários e estes reconstruíram-no por volta de 1171, adaptando-o às características arquitectónicas dos seus edifícios (espaços de planta quadrangular, muralhas elevadas, torre de menagem).
Após a influência da Ordem dos Templários, o Castelo de Almourol passou para a administração da Ordem de Cristo, sofreu sérios danos com o terramoto de 1755, foi objecto de diversas intervenções descaracterizadoras, passou para a alçada do exército, foi palco de recepções enquanto residência oficial da república portuguesa durante os anos 40 e 50, tornou-se o primeiro monumento português no Second Life e, hoje, à parte o mundo virtual, recebe os visitantes que por ali desejam deambular.



Começamos por apanhar um barquito no pequeno ancoradouro e antes de desembarcarmos na ilha fazemos uma circum-navegação pelo rio para melhor apreciarmos os pormenores externos da ilha e castelo, incluindo os maravilhosos reflexos na água.
A subida ao castelo, e designadamente à sua torre, é imperdível. A sensação de ser-se actor numa história dos tempos medievais, carregado de nobres e servos da gleba, com o clero sempre à espreita, é real.
O Tejo calmo e profundo lá em baixo mais não faz do que reforçar essa realidade. Não faltam sequer umas canoas remadas animadamente por uns miúdos, mas que fingimos imaginar ocupadas por uns mouros que vêem invadir o nosso castelo.
Um bom passeio onde aliamos a história ao idílio da paisagem.