quinta-feira, janeiro 24, 2008

Eye no 2008



A passagem do ano 2007 para o ano 2008 foi aqui.
Pela foto não dá para descortinar grande coisa, a não ser o ambiente de festa e a ânsia de todos o documentarem fotograficamente.
Vislumbra-se um género de roda gigante e logo se pressente algo pindérico.
Pois. Acontece que o London Eye tornou-se um símbolo da cidade de Londres, comparado ao que a Torre Eiffel é para Paris, não um objecto num parque de diversões mas antes um miradouro onde a nossa vista alcança todos os contornos da cidade que se desenvolve abaixo dos nossos corpos.
E mais.
Desde o princípio do milénio que “a” passagem de ano em Londres é feita vendo os fogos de artifício a voarem desde a gigantesca roda e a mergulharem nas águas do Tamisa, logo após as 12 badaladas do mítico Big Ben ali mesmo em frente.
Há quem diga que esta é a melhor festa de passagem de ano e que o seu show pirotécnico se vê até desde o Parque de Hampstead e Primrose Hill.
Não o sei.
Sei apenas que a festa foi bonita e, ao contrário do que pudesse ser de imaginar, quer pela fama de beberolas dos bifes quer pela multidão à nossa volta (falou-se em cerca de 700 mil pessoas), tudo aconteceu de uma forma muito ordeira. Incrivelmente ordeira, até, a ver pelas centenas de pessoas na fila de uns 200 metros para o último chichi do ano nas casas de banho portáteis junto ao Tamisa. Apesar de se ouvirem e verem muitos estrangeiros, incluindo portugueses, de certeza que os nossos compatriotas não estavam na bicha. Afinal, qual o macho que é macho que espera na fila para verter águas? E afinal, também, fazer fila e nela esperar não é o desporto favorito dos ingleses?
Ok, tudo bate certo.
Incluindo as 2 horas que se demorou a voltar para casa, num percurso que não demoraria mais de 30 minutos. Tivéssemos ido a pé. Ou esperávamos que as estações de metro estivessem todas abertas e apenas ao nosso serviço? 700 mil pessoas, não esquecer.
Bom 2008 para elas e para todas as outras.