sábado, março 22, 2008

Serra Nevada

Serra Nevada… Nunca, em meia dúzia de presenças, esteve tão pouco nevada. Sinais dos tempos meteorológicos.


Ainda que a paisagem não estivesse plena do branco diáfano e as condições da neve não estivessem no seu melhor não nos arrependemos de rumar à estância de ski mais a Sul da Europa. Assim, acompanhada dos meus comparsas Pedro, António “Capi”, Zofia e Alex instalamo-nos na estratégica Plaza Andaluzia e durante 5 dias estivemos a estraçalhar a neve da Serra Andaluza pertencente à Cordilheira Penibética.
O domínio esquiável comporta 86 km, divididos em 86 pistas de todos os níveis. E a estação está dividida em seis zonas: Veleta, Laguna de las Yeguas, Borreguiles, Loma Dilar, Parador e Rio Monachil. Cerca de 70% esteve disponível para o nosso bel-prazer.

Exceptuando o primeiro dia, os restantes estiveram sempre cheios de sol e com temperaturas impróprias para um local de neve.
Enquanto os paparucos estreantes, Capi e Alex, e a “professora” Zofia se mantiveram nos primeiros dias pelas pistas verdes de Borreguiles a iniciarem-se ao snowboard, eu e o Pedro (o único de ski) fomos andando um pouco por todo o lado, mas essencialmente pelas pistas azuis e vermelhas de Borreguiles e por Loma Dilar.

Os rapazes estreantes não utilizaram Borreguiles - que para além de ser o nome do sector é sobretudo um tipo de vegetação que se consegue desenvolver nas zonas mais altas e com condições climáticas adversas e que historicamente no Verão é utilizada pelos pastores como zona de pastoreio - para pastar mas sim para ganharem perícia e confiança. Assim foi e, sobretudo o Capi, pois o Alex foi-se dividindo entre a neve e os estudos, evoluíram e no ano de estreia desceram umas pistas de um nível médio.

Nos últimos dias não resistimos ir ao sector da Laguna, que é o mais bonito da estância e o que tem maior concentração de pistas vermelhas. As pistas deste sector começam quase no topo do pico Veleta, que é o terceiro mais elevado da Espanha Continental, com 3398 metros. Dizem que deste pico e do Mulhacém, que com 3481 metros é o ponto mais elevado da Espanha Continental, nos dias mais limpos vislumbra-se o Mediterrâneo e Marrocos. Nunca pude comprovar porém as paisagens tangíveis aos meus olhos são suficientemente impressionantes.
Muita actividade, bom visual, boa companhia e disposição era o que se queria. E foi o que houve.
Ver mais reportagem, sobretudo fotográfica, na página do Capi.