quarta-feira, junho 25, 2008

Casa ou Palácio Mateus



Classificado como Monumento Nacional, este é provavelmente dos edifícios em Portugal que mais merece ser visitado aquele que menos visitas recebe.
A Casa Mateus encontrava-se nomeada para as 7 maravilhas de Portugal (estava nos 21 finalistas, apesar de isso valer o que vale) e muitos terão olhado para esta nomeação com espanto ignorante. Foi o meu caso.
A desculpa de que se encontra a mais de 400 km de Lisboa não cola. E para os outros nossos concidadãos também não cola o seu alegado isolamento – a 2 km de Vila Real, em Trás os Montes – pois o Porto está a menos de uma hora e a sua área metropolitana acolhe uma percentagem nada despicienda de cidadãos portugueses.
O certo é que mais vale tarde do que nunca.


Visitámo-lo agora, numa manhã de chuva intensa, nada convidativa para passeios demorados pelos belíssimos jardins da Casa Mateus (deve ser sina das nossas visitas a monumentos com jardins – o mesmo sucedeu na visita ao Mosteiro de Tibães)
Mas o que mais chama a atenção em terras do antigo morgadio de Mateus é, para além do enquadramento e conjugação Palácio + Capela + Lago + Jardins, precisamente, o edifício da casa mãe. O barroco em todo o seu esplendor.





Obra do século XVIII, suspeita-se que o arquitecto Nicolau Nasoni (o mesmo da Torre dos Clérigos) tenha tido influência na sua concepção. Os pormenores decorativos são luxuriantes.
Alguma decepção, porém, confesso, no que ao interior do edifício diz respeito. As expectativas eram elevadas, mas a imagem fabulosa da sua fachada chegou para as encomendas e nem a chuva estragou a foto da praxe com o reflexo do edifício na água do lago que lhe dá as boas vindas.