sábado, novembro 07, 2009

Os Jardins de Marraquexe

Por entre o ocre dos seus edifícios, existem pelo menos dois jardins imperdíveis que rompem esta cor rotineira.
Um mais plácido e discreto, com um edifício à beira de um lago com as montanhas do Atlas a servir de cenário nas suas costas; outro verdadeiramente exuberante nas suas cores e, por isso, inesperado.



Os Jardins de la Menara, apesar da sua imagem ser um postal obrigatório da cidade, estiveram longe de me encher as medidas. À parte uns camelos à entrada para turista montar ou fotografar, parece algo abandonado. Seria bom que pudéssemos ser teletransportados para o local exacto da foto da praxe.

Já o Jardim Majorelle é outra história. Uma história que não se espera encontrar em Marrocos e, talvez, um pouco deslocada, mas uma grata história. Ou talvez não, se pensarmos que Marraquexe – e Marrocos – não estão na moda apenas hoje, mas pelo menos desde a década de 60 e 70 do século passado quando um rol quase infindável de peças da nossa cultura a adoptaram como sua. Daí que criatividade e surpresa não sejam em absoluto de excluir em Marraquexe. Porque é disso que se trata, de um jardim inventado em pleno norte de África. As cores azul e amarelo berrantes ficam, assim, como cores oficiais de Marraquexe no nosso imaginário, a par do omnipresente ocre.