sexta-feira, janeiro 07, 2011

Pousada Flor da Rosa - Crato



Já estamos em 2011 e esta já se passou há quase 6 meses, mas ainda vai (sempre) a tempo de ser incluída no nosso blogue.
Fim de Agosto, mais de 40 graus em qualquer sombra do país, porque não uma escapada de 4 dias até ao interior do Alentejo, longe da praia?
Loucura, claro. Mas se o objectivo era descanso, porque não escolher um convento para relaxar, com vista para a planície alentejana?



A Pousada Flor da Rosa, no Crato, com intervenção moderna de Manuel Graça Dias, fica num castelo / mosteiro cheio de história que já vem do século XIV.
Já pertenceu à Ordem do Hospital e à Ordem de Malta, por aqui passaram cavaleiros e o seu fundador foi ninguém menos do que D. Álvaro Gonçalves Pereira (que tem o seu túmulo na igreja), primeiro prior do Crato e pai de D. Nuno Álvares Pereira.





Encontram-se aqui elementos góticos, o seu claustro é lindíssimo, a torre do Castelo dá-nos uma visão da pacatez da aldeia de Flor da Rosa, com as suas casas alvas com friso amarelo torrado. O mosteiro, que é monumento nacional, foi sofrendo alterações ao longo da sua história até que em nos anos 1990 se iniciaram os trabalhos para a sua reconversão em Pousada de Portugal. Muitíssimo bem conseguida, há que referi-lo.
Temos, assim, os quartos que se situam numa das alas originais do mosteiro, com mais charme, com as paredes em pedra e as camas com dossel, e os quartos mais modernos, numa ala especificamente criada para o efeito.





Os espaços comuns são monumentais, mas confortáveis. A sala do bar e do restaurante são francamente bonitas, mas os seus pratos desta última não a acompanham. A piscina, bom, em Agosto nem a piscina nos salva; mas salva-nos a sua imagem, quer de dia, rectângulo azul junto à imponência do castelo, quer de noite, com os focos de luz a iluminarem o castelo no profundo Alentejo.
Falta referir que este sitio não é só para quem pode. A igreja, os claustros e o castelo estão abertos ao público.