Eslovénia. É a resposta ao post-advinha anterior. Eslovénia é o país sobre o qual escrevi.
No passado foi uma das repúblicas pertencentes à República Socialista Federal da Jugoslávia. Hoje, e desde 1990, é um país independente e, desde 2004, um dos Estados membros da União Europeia.
Triglav é a montanha mais alta (2864m) e importante do país. A tal montanha venerada pelos eslovenos e que consta da bandeira nacional. Faz parte dos Alpes Julianos, dá nome a um parque nacional - uma das maiores reservas naturais da Europa - e, tal como outros picos, é de uma beleza cénica fantástica.
Pico nevado do Triglav
É dentro dos limites ou nas proximidades do parque nacional Triglav que se encontram alguns dos cartões postais da Eslovénia. O Lago Bled, o lago Bohinj, o Vrsič Pass, o próprio Monte Triglav, o Vintgar Gorge.
Tudo brindado pela natureza e pela beleza.
Ver o lago de todos os prismas é obrigatório, pelo que dar a volta ao lago é essencial. Fizemo-lo a pé num percurso de 6 km ao redor do lago, o qual tem 2km por 1,4km. Pelo meio vimos os atletas de competição a treinarem remo no lago, provavelmente com os próximos Jogos Olímpicos no horizonte. Mais à frente adoçamos a boca com o bolo de creme de Bled (kremma rezina).
É muita natureza. É muito poder bruto o que se afigura aos nossos olhos. Apetece ficar e dar um mergulho com os miúdos naquele início de Primavera com surpreendente ar de Verão. Ou remar lado a lado com a canoa comandada pelo casal sexagenário.
Quem sabe apenas deitar e ficar a ler.
Ou até mesmo entrar e ficar com a água até à cintura para pescar, tal qual o pescador ali ao redor faz.
Quem sabe apenas deitar e ficar a ler.
Ou até mesmo entrar e ficar com a água até à cintura para pescar, tal qual o pescador ali ao redor faz.
O que pesca? Talvez uma truta, como aquela (magnífica) que comemos já fumada no outro lado do lago, em Ukanc, antes de subirmos à Savica Waterfall.
Ukanc
Savica Waterfall
Conduzir pelas estradas que serpenteiam as montanhas, os rios e os lagos é um prazer. Tanto como caminhar pelas gargantas dos rios, que nos conduzem a quedas de água ou outros motivos de espanto. O Vintgar Gorge ainda está fechado, a recuperar da inclemência dos rigores do Inverno. Fazemos apenas um pequeno troço do rio Radovna e sentimos a potência da Sum Waterfall.
Lamentamos não podermos explorar a totalidade da amostra que admirámos. A frustração passa dias depois, quando temos a compensação da beleza de outro desfiladeiro em Tolmin.
Bem próximo de Itália, no ponta nordoeste da Eslovénia, fica Kranjska Gora, a maior estância de ski do país. É aí próximo, na pista de saltos de Planica, que os atletas treinam e sonham com uma medalha Olímpica
Bem próximo também fica o lago Jasna e a bela reserva natural de Zelenci. Itália está mesmo ali à beira.
Encaminhamo-nos para mudar de vertente da montanha. Passamos o Vrsič Pass, grande obra de engenharia.
Antes, enquanto subimos montanha acima, maravilhamo-nos com a capela russa, arduamente construída por prisioneiros russos durante a 1ª Grande Guerra Mundial.
Depois de subirmos tudo e sentirmos os rigores meteorológicos, começamos a descer em direcção ao vale do rio Soča, na parte Sul/Oeste do Triglav. A paisagem deslumbra.
Lago Jasna
Zelenci
Encaminhamo-nos para mudar de vertente da montanha. Passamos o Vrsič Pass, grande obra de engenharia.
Antes, enquanto subimos montanha acima, maravilhamo-nos com a capela russa, arduamente construída por prisioneiros russos durante a 1ª Grande Guerra Mundial.
Depois de subirmos tudo e sentirmos os rigores meteorológicos, começamos a descer em direcção ao vale do rio Soča, na parte Sul/Oeste do Triglav. A paisagem deslumbra.
Em Kobarid nota-se reminiscências italianas, afinal a fronteira não dista nem 10km dali.
Palco da 1ª Guerra Mundial, é identificada na obra Adeus às Armas, de Ernest Hemingway. Fazemos o trilho histórico, percorremos caminhos trilhados na guerra, admiramos belas vistas, continuamos a impressionar-nos com a transparência e cor da água, alcançamos a formidável Kozjak Waterfall e deleitamo-nos com a alta cozinha do Hisa Franko, onde também pernoitamos.
Percorremos os rios Tolminka e Zadlascica na Tolmin Gorges. O deslumbre e a beleza não têm fim. Surpreendemo-nos a cada canto mais apertado e abrupto das encostas que ladeiam as águas translúcidas dos rios.
Aproximamo-nos dos poucos quilómetros - 47km - de faixa costeira que o país tem. Deixamo-nos ficar por Piran. Quase sentimos que estamos em Itália.
Não é de estranhar, a cidade é uma jóia da arquitectura gótica veneziana. A torre do sino, por exemplo, é inspirada na de San Marco em Veneza.
As ruas vão desaguar em praças à italiana, a comida traduz a influência histórica que por ali se foi sentido, pelo que os sabores são mediterrânicos.
A partir de Piran, a sudoeste da Eslovénia, numa diagonal marcada para nordeste encontramos, no centro do país, a capital Ljubljana.
Cidade perfeita no equilíbrio entre tamanho e qualidade de vida. É uma cidade muito agradável e vivida por uma população jovem. Em torno do rio Ljubljanica o acesso é vedado ao automóvel, pelo que podemos desfrutar da melhor forma a cidade e as suas múltiplas esplanadas.
No topo encontra-se o castelo.
Cá em baixo algumas das obras do arquitecto Joze Plecnik, que deixou grandemente o seu cunho na cidade, tal como a alteração à Ponte Tripla, a Biblioteca Nacional e Universitária e as colunas do Mercado Central.
Algo completamente diferente encontramos em Metelkova, a curta distância do centro da cidade. É um espaço alternativo, de contra-cultura, que se apropriou de barracões utilizados na Guerra dos Balcãs nos anos 90 do século passado. Apresenta um conjunto de bares e clubs e imperam os ideais anarquistas.
Mesmo ao lado encontra-se o óptimo Museu de Arte Contemporânea, que está associado ao Museu de Arte Moderna, ambos com colecções de artistas da Europa do Leste.
Caminhando mais para a parte noroeste do país e encontramos pequenas, mas muito agradáveis, cidades, como Celje e, sobretudo, Ptuj. Esta última fica na memória pelos telhados vermelhos que cobrem o compacto coração medieval e por a vista do outro lado do rio Drava, que a banha, se assemelhar a uma mini Coimbra.
Por fim, mesmo junto à fronteira com a Áustria, fica Maribor, a segunda cidade eslovena. Foi por aqui que começámos a nossa viagem por terras eslovenas e onde vimos escrito numa parede que o futuro é ali.
Não creio. Foi o único sítio dos quais percorremos que me pareceu pouco interessante, tirando uma praça, e sem grande potencial. Potencial só mesmo para ser uma equipa a perder nas competições europeias de futebol com o grande Sporting.
Futebol e Maribor à parte, a Eslovénia é um pequeno país a conhecer, pela beleza, serenidade e encanto que apresenta.
Cá em baixo algumas das obras do arquitecto Joze Plecnik, que deixou grandemente o seu cunho na cidade, tal como a alteração à Ponte Tripla, a Biblioteca Nacional e Universitária e as colunas do Mercado Central.
Ponte Tripla
Biblioteca
Algo completamente diferente encontramos em Metelkova, a curta distância do centro da cidade. É um espaço alternativo, de contra-cultura, que se apropriou de barracões utilizados na Guerra dos Balcãs nos anos 90 do século passado. Apresenta um conjunto de bares e clubs e imperam os ideais anarquistas.
Mesmo ao lado encontra-se o óptimo Museu de Arte Contemporânea, que está associado ao Museu de Arte Moderna, ambos com colecções de artistas da Europa do Leste.
Caminhando mais para a parte noroeste do país e encontramos pequenas, mas muito agradáveis, cidades, como Celje e, sobretudo, Ptuj. Esta última fica na memória pelos telhados vermelhos que cobrem o compacto coração medieval e por a vista do outro lado do rio Drava, que a banha, se assemelhar a uma mini Coimbra.
Celje
Ptuj
Ptuj
Por fim, mesmo junto à fronteira com a Áustria, fica Maribor, a segunda cidade eslovena. Foi por aqui que começámos a nossa viagem por terras eslovenas e onde vimos escrito numa parede que o futuro é ali.
Não creio. Foi o único sítio dos quais percorremos que me pareceu pouco interessante, tirando uma praça, e sem grande potencial. Potencial só mesmo para ser uma equipa a perder nas competições europeias de futebol com o grande Sporting.
Futebol e Maribor à parte, a Eslovénia é um pequeno país a conhecer, pela beleza, serenidade e encanto que apresenta.