sábado, fevereiro 09, 2008

London Eye




Um sucesso absoluto.
Se assim não fosse, como explicar que depois de pelo menos 30 minutos para comprar o bilhete ainda haveríamos – nós e todos os demais – de esperar pelo menos mais 1 hora e meia pela entrada na nossa cabine?
Por incrível que possa parecer, esta roda gigante a lembrar uma feira popular tornou-se um ponto obrigatório numa viagem a Londres. Pela paisagem abarcadora e esmagadora de Londres que nos proporciona, pela meia hora que passamos rodando lentamente pelos céus dominadores a 135 metros sobre o Tamisa, tentando identificar todos os landmarks que nos vão aparecendo sob os nossos corpos, e, por que não dizê-lo, pela bonita e elegante estrutura das cápsulas da roda gigante.





Acabamos por ter sorte com o horário da viagem: começamos com o entardecer e terminámos com o anoitecer, aproveitando assim as várias cores do céu.
O London Eye abriu em 2000 tendo, inicialmente, planos para apenas 5 anos. No entanto, as voltinhas no ar duram até hoje, até aqui patrocinadas pela British Airways. Notícias recentes dizem que a BA vai deixar de o patrocinar e Richard Branson da Virgin já terá mostrado interesse em substitui-la. Apesar de a despesa com esta estrutura não dever ser coisa de crianças, não admira que muitos se venham a posicionar para o seu patrocínio. Para além dos milhões que todos os anos fazem questão de entrar nas suas cabines para rodar os céus de Londres, há que não esquecer que desde 2005 o London Eye é o ponto das celebrações do Ano Novo, aí acorrendo à volta de 1 milhão de pessoas só nessa noite a olhar especados para os fogos de artificio que saem da roda.
O curioso desta situação, resumindo, é verificar como as cidades se reinventam não apenas na construção de novos edifícios mas também na criação de novas estruturas que, apesar de polémicas, são imediatamente adoptadas pelos cidadãos e logo integradas na cultura popular.
Sem preconceitos, vale mesmo a pena a viagem.