sábado, abril 05, 2008

Forte de Santa Luzia e Forte da Graça

Quando chegamos a Elvas pela auto-estrada, para além de encontrarmos bem delineada na paisagem a cidade dentro da fortaleza das muralhas, vemos também bem evidente o Forte de Santa Luzia, a norte, e o Forte da Graça, a sul, imponente lá no cimo.



O Forte de Santa Luzia, construído em 1648 e hoje museu militar, está bem acessível logo ao virar à esquerda, amarelinho, vale a pena circundá-lo a pé e admirar Elvas velha e Elvas nova, os arcos do Aqueduto da Amoreira e a planície alentejana.





Mas o melhor fica guardado para o Forte da Graça.
Implantado na maior elevação da zona, dali a nossa vista alcança tudo, tudo e mais o que é possível imaginar. No entanto, o que nos deixa esmagados não é a vista mas o Forte em si.
Considerado uma obra-prima da reorganização militar pombalina, o Forte mandado construir (1763-1792) por D. José I e arquitectado pelo Conde de Lippe ganhou o nome do monte onde hoje se encontra abandonado.



De facto, o que fazer com esta maravilha monumental onde provavelmente caberia uma cidade inteira? São três linhas de defesa, separadas por fossos, a mais exterior facilmente percorrível a pé, apenas nos dando ao trabalho de desviar das ervas daninhas que por ali pululam. Lá no meio vemos, pitoresca, a casa apalaçada do Governador.



Surpreendente encontrar aqui, quase que perdido no Alentejo português a caminho da Extremadura espanhola, este exemplo a nível mundial de poderio e originalidade numa fortificação.
Agora requer-se ainda mais originalidade para se lhe dar um uso condizente com tanta grandiosidade.