quinta-feira, outubro 30, 2008

Pelo Centro do Vietname



Amigos ou conhecidos costumam perguntar às manas, curiosos e admirados, como fazem com as viagens – marcam antes o transporte? e o hotel? como escolhem a comida? e dá certo? não têm medo?
Respostas: é fácil. Igual a toda a gente. Principalmente se andarem com um guia Lonely Planet na mão, o livro que hoje entrou por completo no mainstream dos viajantes.
Não tenho problemas em assumir aqui toda a nossa falta de originalidade. Talvez o que tenhamos é facilidade em adaptar-nos às situações que não fogem grandemente do comum. E isso, repito, é igual a toda a gente. Ou, pelo menos, a muita gente.
Vem esta lenga-lenga a propósito da etapa da nossa viagem pelo Vietname que passou por Hué e por Hoi An.
Saímos de Hanói para Hué pela manhã, cerca de 650 km de voo. 2 dias e 1 noite nesta cidade que outrora foi dos imperadores. Depois rodámos num carro privado rumo a Hoi An, cerca de 140 km de estrada. 3 dias e 3 noites nesta cidade que é hoje a mais acolhedora.
De manhã no aeroporto vimos umas caras; à tarde as mesmas caras passeavam pela cidade imperial, à noite no restaurante revimos as mesmas caras. Mera coincidência? Que dizer então ao reencontro na manhã, tarde e noite do dia seguinte e no dia depois do seguinte? Lonely Planet, lá está. Confrangedora e ridícula a nossa entrada num qualquer restaurante onde nos esperavam os nossos amigos de temporada.
Ou antes: a verdade é que o circuito por estas duas cidades situadas no norte do Vietname do Sul, um pouco abaixo do Paralelo 17, não foge muito a uma regra.
Metade do dia (normalmente a tarde) na Cidadela de Hué, mais metade do dia (normalmente manhã) num passeio de barco pelo Rio dos Perfumes visitando o pagode Thien Mu e mais uns túmulos reais. Pela tarde, saída rumo a Hoi An, com passagem pelo Hai Van Pass e paragem nas Marble Mountains. Em Hoi An, visita à cidade velha em metade do dia e compras e muita vida de café pelo resto do dia fora. Na manhã seguinte, ida às ruínas de My Son e compras e muita vida de café pelo resto do dia fora. No último dia ou, e aqui os itinerários sofrem finalmente adaptações conforme o gosto de cada um, nos dias seguintes praia, praia e mais praia.
Tivemos, assim, o nosso único dia dedicado à praia ao 18.º dia de viagem. O mesmo é dizer, ao 18.º dia descansámos.