segunda-feira, agosto 10, 2009

Icelandic Foss - Quedas de Água

Na Islândia há sempre uma queda de água por perto. De tal forma que muitas delas, a maioria mesmo, ignoradas pelo escaparate turístico local, noutro país, sem a quantidade e diversidade ali presente, teriam potencial para serem uma grande atracção turística.
Um clima marcado por chuva e neve frequente, assim como uma geografia influenciada pela proximidade do Árctico, onde se verifica uma forte presença de glaciares, que com o degelo do Verão dão origem a diversos rios, que associados a uma topografia irregular originam a forte presença destas formações geológicas espectaculares.
Das muitas, sem nenhuma ordem especial, pois todas têm um encanto especial, destacam-se as seguintes:

Dettifoss. No nordeste da ilha, inserida no Parque Nacional Jökulsárgljúfur e situada no rio Jökulsá á Fjöllum, o segundo maior da Islândia e que nasce no glaciar Vatnajökull, encontra-se a maior queda de água da Europa em termos de volume de água (cerca de 200 m3). É brutal a potência ali presente, de tal forma que a um quilómetro de distância consegue-se visualizar o vapor emanado. Tem 44m de altura e 100 m de largura e condensa todo o poder, por vezes assustador, da natureza.


A montante do mesmo rio encontra-se Selfoss. Estas quedas, com 11 m de altura, desenvolvem-se ao longo da parede oeste do canyon do rio Jökulsá á Fjöllum. A longa extensão desta queda é o que a mais caracteriza.


A jusante da Dettifoss o rio passa através de uma garganta apertada até chegar a um forte abismo de 27 m, que originou a Hafragilsfoss. Esta queda tem ao seu redor uma lage de basalto lisa assim como um pedaço de água de um azul inacreditável, resultado da grande concentração de minerais, o que faz com que o seu enquadramento seja espectacular.


Gullfoss, em português queda de ouro. Situada no sudoeste da Islândia, no curso do rio Hvítá, é uma das maiores atracções do país. Esta dupla queda de água tem dois níveis e cai para uma assustadora e abrupta fenda de 32 m. A espectularidade da Gullfoss depende das condições meteorológicas. Dizem que nos dias de sol ao seu redor são criados inúmeros arco-íris e no inverno a água congela, o que cria um cenário único. Não pudemos comprovar, pois quando a visitámos estava um dia feio e chuvoso, talvez por isso não tenha impressionado sobremaneira. É, no entanto, indesmentível a sua espectacularidade.


Skógafoss. Na ponta oeste da povoação Skógar, no sul da Islândia, é uma das mais altas e bonitas quedas de água. Cai de um penhasco, com 60 m, de origem costeira, que depois do recuo da costa ficou a 5 km do mar. Na parte de cima da queda, onde se tem uma vista magnífica, que felizmente não é apenas privilégio das múltiplas aves que a circundam, inicia-se um trekking até Landmannalaugar. No inicio do percurso deparamo-nos com outra queda de efeito belíssimo.


Seljalandsfoss, igualmente no sul, esta queda do rio Seljalandsá cai de um penhasco, de formação costeira, de 60 metros. Pela descrição quase parece uma cópia da Skógafoss mas é bem distintiva em relação a esta, assim como a todas as outras, pois é possível percorrê-la por trás. Com banho incluído, claro. Muito, muito bonita.


Svartifoss. Esta queda localiza-se no Parque Nacional Skafrafell e é altamente distintiva. É composta por múltiplas colunas hexagonais de basalto, que parecem que foram esculpidas de propósito. Mas não. Aqui só há mão da mãe natureza. A sua forma é obtida pela cristalização através do arrefecimento do fluxo de lava. O efeito é único e fabuloso.


Na parte oeste da ilha situam-se as intrincadas quedas de água de Barnafossar. Tal como a Gullfoss, fica ao longo do rio Hvítá.


Ainda que não tão grande nem potente como outras quedas, Godafoss, é muito bonita e tem uma componente histórica importante. Foi aqui que no ano 1000 a Islândia foi declarada como uma nação cristã.