quinta-feira, fevereiro 03, 2011

2010 - 2011

O último dia do ano de 2010 foi um fiasco no que à minha programação de voltinhas diz respeito.
A ideia era passar a manhã em Portobello Road e seu mercado, e fazer um reconhecimento da zona de Notting Hill. Ok. Com dificuldade e sem qualquer ânimo, consegui fazê-lo. Os pés doíam-me demais, já não caminhava, simplesmente arrastava-me.
A tarde havia-a destinado para ir às lojas que queria mesmo visitar e tinha encontrado fechadas. A esta altura do campeonato já tinha posto completamente de lado a possibilidade de ir até Peckham (bairro do outro lado do rio que a miúda do hotel pelos vistos não conhecia e ficou a achar que eu queria que ela me dissesse como fazer para conhecer o Beckham). Fui apenas percorrer a Camden Passage, do outro lado da cidade, em Islington, perto do metro de Angel. Esta é a rua hip do momento e não podia deixá-la escapar. Havia muito mais coisas que também não podia deixar escapar, mas aqui constatei que o problema não era bem os pés ou a falta de ânimo. Estava simplesmente KO.
Duas da tarde do último dia do ano e voltei para o hotel só a pensar que mais valia dormir a tarde toda para poder sair à noite para o New Year´s Eve.
E consegui.
Fui muito cedo para o Parlamento, junto ao Tamisa, de frente para o Eye e consegui um lugar até bonzinho. Mas ainda não eram dez da noite e não me julguei competente para aguentar mais de duas horas ali ao frio parada e ao som da música da BBC Radio 1. E, então, lembrei-me da foto que tinha tirado do St James´s Park, imaginei que teria tempo de ir até lá e, se não gostasse do ambiente, ainda tinha tempo para voltar para onde estava no inicio.
E o certo é que sobre a Blue Bridge não estava praticamente ninguém, a roda do Eye, umas vezes iluminada de verde, outras de azul, amarelo, vermelho, todas as cores do mundo, a roda do Eye estava ali à frente praticamente só para mim e para os pelicanos que nadavam sossegadamente no lago. Sentei-me no chão e deixei o tempo passar. À meia-noite vi calmamente os fogos na companhia de uns italianos (a par dos brasileiros e dos japoneses pareciam que tinham invadido Londres nesta altura do ano) e com o metro directo para o meu hotel mesmo do outro lado da rua, passava pouco da meia-noite e meia quando cheguei e me deitei.





Fim de ano de 2010, começo de ano de 2011. Balanço: não fiz tudo o que queria, mas fiz tudo o que pude para o conseguir.