quarta-feira, agosto 03, 2016

Colômbia


Durante anos pensámos visitar a Colômbia.
Histórias reais de violência, quer de paramilitares quer de narcotraficantes, mantiveram-nos afastadas.
A situação está hoje melhor, infinitamente melhor, e, coincidência, na véspera da nossa viagem pudemos assistir via televisão às lágrimas de alegria dos colombianos pelo acordo de paz alcançado com as FARC. 
A Colômbia tem uma população jovem e vibrante e é o país que mais cresce em toda a América do Sul.
Nada nos preparava, no entanto, para a simpatia das suas gentes.
Se à chegada ao aeroporto de El Dorado, em Bogotá, enquanto aguardávamos pela bagagem íamos vendo desfilar os polícias armados de cães, íamos, ao mesmo tempo, observando para lá do vidro a euforia dos familiares e amigos que pulavam e gritavam, empunhando cartazes de boas vindas e balões com as cores da bandeira colombiana. Que recepção.
A simpatia continuaria ao longo da viagem, mas agora especialmente dirigida a nós. Os "com mucho gusto" e "que les vaya bien" foram uma constante. Não estranha, pois, que se possa encontrar escrito numa parede de um qualquer edifício de San Gil algo como "um bom dia para ti que estás a ler isto sem querer".