segunda-feira, outubro 23, 2017

Vila Real

Vila Real sempre foi, historicamente, uma região rica, com rios e minas à sua volta. Só para citar dois exemplos, eis o Douro Vinhateiro, reconhecido como património mundial, e Tresminas, património nacional com ambições de alcançar a distinção mundial.

Capital de distrito e a maior cidade de Trás-os-Montes, Vila Real deve o seu nome ao facto de ter sido, precisamente, uma criação do rei. D. Dinis concedeu-lhe foral em 1289 e, diz-se, escolheu pessoalmente o lugar para implantação da nova cidade, tendo esta ficado sob a sua protecção directa.

A sua localização é bonita, num planalto granítico por entre os vales dos rios Corgo e Cabril e as serras do Marão e Alvão.

Avançando uns bons séculos, é inevitável falar-se da vinha e da importância que esta teve para o desenvolvimento da cidade em termos sócio-económicos e arquitectónicos. À volta do negócio da vinha foi-se formando uma comunidade muito empreendedora e rica. Estes nobres e burgueses deixaram alguns belos exemplares da arquitectura fidalga dos séculos XVII e XVIII, sendo a Casa de Mateus o seu maior exemplo. Não tive oportunidade de voltar a visitá-la, para além deste dia chuvoso



Mas desta vez calhou-me um dia soalheiro por Vila Real onde pude constatar a existência de alguns destes exemplares solarengos brasonados numa malha urbana coerente deste antigo burgo real. Todavia, muito decadente. São demasiados os edifícios abandonados e em ruínas no centro histórico.




Algumas fotos de brasões:






Ornamentos nos edifícios:




Varandas em ferro:




Igrejas, muitas igrejas:





A Casa onde se pensa que nasceu Diogo Cão, navegador do século XV:


Vila Real é sede da UTAD, logo, jovens não devem faltar. Aqui vai, então, uma pitada de irreverência: