terça-feira, agosto 14, 2012

Desta vez, Richmond e Hampton

A uma visita a Londres não pode faltar a volta a alguns locais que se tornaram meus preferidos.
Convent Garden, não tanto pela animação, mas mais por algumas lojas.
O Soho, pelos restaurantes do mundo.
Bricklane para ver os murais e o pessoal estranho.
Este, que nos anos 80 andava por Carnaby Street, agora vem ocupando a zona este de Londres. Como novidade para 2012, esta zona ganhou ainda o Parque Olímpico.
E, depois, há que voltar sempre à Tate Modern, atravessar o Tamisa pela Millennium Bridge e dar uma volta à Catedral St Paul's.
O meu Tamisa preferido, no entanto, fica para lá da Tower Bridge, na zona de Wapping, a caminho de Canary Warf. Gosto de admirar os prédios de arquitectura moderna junto ao rio e às marinas, com o Pepino sempre à espreita. E gosto destes bairros sossegados à beira do canal. Mais uma vez, isto é East End London.
Com tanta coisa que gosto de rever, e ainda não falei em nenhum parque, já o tempo fica todo ocupado, quase sem espaço para conhecer zonas novas.
Nesta visita esse quase não se cumpriu e fui até Richmond e Hampton. Parques, é do que se trata. E vilarejos simpáticos e pitorescos à beira do Tamisa, também.


Richmond é encantadora. Vê-se que é vivida nas suas lojas e cafés, mas principalmente nas suas zonas verdes de lazer, seja junto ao Tamisa, seja no Richmond Green ou no Richmond Park.
O Tamisa fica a poucos metros da principal rua da vila e junto às suas bonitas margens vamos vendo casas e barcos que servem de casas.
O Green é, como o nome indica, um espaço verde circular rodeado de mansões e até um palácio do século XV. A ligação à coroa tem aqui raízes muito antigas.
O Richmond Park vinha-me anunciado como o maior parque de toda a Londres (e o maior parque urbano da Europa). Acredito piamente e, para o confirmar, nem sequer faltou ter-me perdido. Literalmente, não é nenhuma figura de estilo. Caminhei e caminhei até ir dar sem querer a uns lagos que não constavam do mapa onde havia traçado o meu plano. Havia sempre a hipótese de voltar para trás, mas a persistência é muitas vezes bem compensada, como por exemplo, com uma vista fabulosa do centro de Londres a mas dezenas de quilómetros. Deu até para distinguir o meu querido Pepino.



Em Hampton fica o Hampton Court Palace, um dos melhores palácios Tudor, construído no século XVI e logo adquirido pelo rei Henrique VIII, que o aumentou. À sua volta, muitos jardins. E um labirinto que leva o epíteto do mais longo. O The Maze são cerca de 800 metros de um intrincado jardim de buxos onde o objectivo é encontrarmos o centro depois de umas quantas voltas por caminhos que parecem sempre o mesmo e onde ficamos com a certeza de que estamos completamente perdidos e não só não vamos achar o centro como também não vamos achar a saída. Ufa. Mas como a persistência tem (novamente) a sua recompensa, no fim tudo se compõe e ficamos livres para mais uns quantos jardins.