segunda-feira, março 06, 2017

As Praças - Jardins de Bloomsbury

Bloomsbury é o bairro do British Museum e da Universidade de Londres.
Apenas isto como cartão de visita já não seria pouco. Mas Bloomsbury é sobretudo conhecido como o bairro residencial de arquitectura georgiana e de atmosfera literária. 

Começou a desenvolver-se no princípio do século XVIII pela família Russell, nome da principal praça do bairro. Os escritores Charles Dickens, Yeats, TS Eliot, Virginia Woolf e EM Forster passaram e / ou viveram por aqui, bem como muitos mais artistas e intelectuais como Karl Marx e John Maynard Keynes. 

Em cada quarteirão podemos encontrar uma praça tornada jardim, umas mais imponentes do que outras, mas quase todas portadoras de uma graça especial. 



Começamos pela Queen Square, com a igreja de St George the Martyr como companheira do seu manto verde. A cabine telefónica não engana: isto é Londres.



Segue-se a Russell Square, a mais antiga e a maior de Bloomsbury. Este é o centro do bairro. Por esta altura pena é que o hotel que lhe confere ainda mais charme e distinção esteja totalmente entaipado para obras. Os outros edifícios que a envolvem não desiludem, porém, enquanto se avista o enorme edifício do Senate House ao fundo. O jardim da sua praça é amplo e confortável. As árvores descascadas conferem nesta época um maior dramatismo ao cenário.



Da Gordon Square diz-se que é a mais literária. Este era o eixo central do Grupo Bloomsbury e Virginia Woolf e sua família, bem como Keynes, viviam aqui. Antigamente uma praça - jardim privada, hoje podemos percorrê-la, sentar e relaxar num dos seus bancos.


Bedford Square será a mais mimosa e a única ainda completamente georgiana. O jardim não é tão grande como os demais e estava fechado às deambulações. A BT Tower, lá ao longe, surge como guardiã.

Os edifícios de Bloomsbury são elegantes, sem exuberância ou austeridade, parceiros prefeitos para os seus jardins serenos.