No fim da Romantic Road (caminho que vai ligando algumas das mais pitorescas vilas da Baviera) fica Fussen, a porta de entrada para dois dos inúmeros castelos que vamos encontrando por estas paragens.
Deixemos de lado o Schloss Hohenschwangau, bonito, sim senhor, mas visitado mais por cortesia ao seu vizinho. Tem no entanto direito a uma foto.
O que todos querem ver, chegar perto e tocar é o Schloss Neuschwanstein. Todas as frases feitas cabem aqui. Merecidas. Ainda por cima o castelo fica no topo de uma montanha. E tem outras montanhas com topos donde se pode alcançar uma vista quase de pássaro sobre ele (às quais não chegámos). E tem também uma ponte – a Marienbrucke – sobre uma altura muito respeitável e com uma queda de água num dos lados que confere ao cenário ainda mais fantasia. Por que é disso mesmo que se trata: fantasia.
O castelo que Ludwig II da Baviera mandou construir teve o seu início em 1869 e nunca chegou a ser terminado no seu reinado. Dedicado e inspirado pelas óperas de Richard Wagner, a sala do trono – acabada – é belíssima. Mas o mais deslumbrante é mesmo a sua arquitectura exterior, não nos deixando outra analogia senão com um castelo de lego ou um castelo de um filme de princesas da Disney. Ainda para mais, o cenário que o rodeia, de montanhas alpinas ora verdejantes ora cobertas de neve, convida de forma inescapável a um passeio. A não perder, pois, a caminhada de cerca de meia hora entre os dois castelos, Hohenschwangau e Neuschwanstein, e entre este último e a Marienbrucke.
quarta-feira, março 03, 2010
Desporto em Munique
Em Munique é fácil dedicar um dia inteirinho ao desporto, variando as modalidades, integrando-nos na arquitectura e na paisagem da cidade e, ao mesmo tempo, sentir que estamos a fazê-lo em locais e equipamentos cheios de história.
A proposta é começar logo cedo o dia com uma improvável surfada no rio Ivar, em pleno Englischer Garten. Um aviso, porém: muita coragem será necessária para combater as temperaturas negativas do Inverno, vestir um fato com muitos milímetros e entrar nas certamente gélidas águas onde se forma esta curiosa onda, a incontáveis kms de qualquer costa.
Aproveitando que estamos num dos maiores parques urbanos da Europa, podemos prosseguir o dia com uma caminhada ou um jogging para aquecer ou, porque não, pedalar por um dos seus trilhos, tentando não atropelar nenhum nudista que nos apareça pela frente (convenhamos que, apesar do nudismo neste parque ser habitual, tal não deverá ser muito comum durante o inclemente Inverno, brrr…).
À boleia da excelente rede de metropolitano, a próxima paragem será o Parque Olímpico, onde decorreram os Jogos Olímpicos (de Verão) de 1972. Neste complexo, com muitos espaços verdes e com a omnipresente torre olímpica a dominar, bem como o quase idílico lago central (infelizmente sem água pela altura em que visitámos), é de espantar a contemporaneidade estética dos vários equipamentos desportivos. Quem diria que passaram já quase 40 anos e ainda têm utilização. Pública, o que é mais importante e impressionante, como é o caso da mítica piscina onde Mark Spitz alcançou “apenas” 7 medalhas de ouro (proeza só batida por Michael Phelps, com 8 medalhas de ouro ganhas em Beijing 2008).
O Estádio Olímpico, esse, não tem tido uma utilização tão frequente no que a eventos desportivos diz respeito, mas é também utilizado para concertos e outros espectáculos de diversão. A sua arquitectura é fantástica, parece uma gigantesca tenda (à semelhança da piscina) de vidros de acrílico sustentados por cabos de aço.
Segue-se, neste itinerário, o moderno e recente Allianz Arena, o novo estádio da cidade inaugurado em 2005. Mas, respeitando a história e os marcos dominantes, os seus arquitectos inspiraram-se no estádio olímpico e homenagearam-no utilizando uns painéis a cobrir todo o exterior do estádio que remetem directamente para os tais vidros em acrílico do anterior estádio. A novidade é que estes painéis são brancos, mas mudam de cor conforme lá joga uma das duas equipas da cidade: vermelho para o FC Bayern Munchen ou azul para o TSV 1860 Munchen.
Depois deste extenuante dia, tempo ainda para ir de compras ao imenso armazém Schuster, bem no centro de Munique, para escolher num dos seus 5 andares o material para a jornada nas montanhas dos Alpes do dia seguinte: ski ou snowboard se for Inverno; hikking se for Primavera ou Verão.
E, qual a melhor forma de terminar um dia se não relaxando com estilo e ambiente? Mullersches Volksbad é a resposta. Parece mesmo anúncio publicitário mas quaisquer elogios não serão publicidade enganosa. Num edifício construído entre 1897 e 1901 em Art Noveau – não só o seu exterior como também o seu interior – a imponência e elegância dos seus espaços impera. São saunas e duas piscinas rodeadas de colunas e estátuas, com rostos de Neptunos a jorrarem água directamente para piscina mais pequena, rivalizando este barulho com o das braçadas dos utentes, tudo num clima de perfeita calmaria
A proposta é começar logo cedo o dia com uma improvável surfada no rio Ivar, em pleno Englischer Garten. Um aviso, porém: muita coragem será necessária para combater as temperaturas negativas do Inverno, vestir um fato com muitos milímetros e entrar nas certamente gélidas águas onde se forma esta curiosa onda, a incontáveis kms de qualquer costa.
Aproveitando que estamos num dos maiores parques urbanos da Europa, podemos prosseguir o dia com uma caminhada ou um jogging para aquecer ou, porque não, pedalar por um dos seus trilhos, tentando não atropelar nenhum nudista que nos apareça pela frente (convenhamos que, apesar do nudismo neste parque ser habitual, tal não deverá ser muito comum durante o inclemente Inverno, brrr…).
À boleia da excelente rede de metropolitano, a próxima paragem será o Parque Olímpico, onde decorreram os Jogos Olímpicos (de Verão) de 1972. Neste complexo, com muitos espaços verdes e com a omnipresente torre olímpica a dominar, bem como o quase idílico lago central (infelizmente sem água pela altura em que visitámos), é de espantar a contemporaneidade estética dos vários equipamentos desportivos. Quem diria que passaram já quase 40 anos e ainda têm utilização. Pública, o que é mais importante e impressionante, como é o caso da mítica piscina onde Mark Spitz alcançou “apenas” 7 medalhas de ouro (proeza só batida por Michael Phelps, com 8 medalhas de ouro ganhas em Beijing 2008).
O Estádio Olímpico, esse, não tem tido uma utilização tão frequente no que a eventos desportivos diz respeito, mas é também utilizado para concertos e outros espectáculos de diversão. A sua arquitectura é fantástica, parece uma gigantesca tenda (à semelhança da piscina) de vidros de acrílico sustentados por cabos de aço.
Segue-se, neste itinerário, o moderno e recente Allianz Arena, o novo estádio da cidade inaugurado em 2005. Mas, respeitando a história e os marcos dominantes, os seus arquitectos inspiraram-se no estádio olímpico e homenagearam-no utilizando uns painéis a cobrir todo o exterior do estádio que remetem directamente para os tais vidros em acrílico do anterior estádio. A novidade é que estes painéis são brancos, mas mudam de cor conforme lá joga uma das duas equipas da cidade: vermelho para o FC Bayern Munchen ou azul para o TSV 1860 Munchen.
Depois deste extenuante dia, tempo ainda para ir de compras ao imenso armazém Schuster, bem no centro de Munique, para escolher num dos seus 5 andares o material para a jornada nas montanhas dos Alpes do dia seguinte: ski ou snowboard se for Inverno; hikking se for Primavera ou Verão.
E, qual a melhor forma de terminar um dia se não relaxando com estilo e ambiente? Mullersches Volksbad é a resposta. Parece mesmo anúncio publicitário mas quaisquer elogios não serão publicidade enganosa. Num edifício construído entre 1897 e 1901 em Art Noveau – não só o seu exterior como também o seu interior – a imponência e elegância dos seus espaços impera. São saunas e duas piscinas rodeadas de colunas e estátuas, com rostos de Neptunos a jorrarem água directamente para piscina mais pequena, rivalizando este barulho com o das braçadas dos utentes, tudo num clima de perfeita calmaria
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