O evento para o qual nos tocou bilhetes foi os quartos de
final do basquete feminino. Tivemos direito a ver dois jogos na última fila, lá bem em cima. Mas
como o pavilhão, apesar de grande, era bem aconchegante, tínhamos uma excelente
visão
das meninas a jogarem lá em baixo, ouvindo-as trocarem a táctica e quase vendo
os seus pingos de suor.
Os jogos foram um Turquia x Rússia e um República Checa x França. Nada de Estados Unidos, os prognosticados campeões, mas dois jogos
muito bons e, sorte das sortes, disputados até ao fim, sempre com incerteza no marcador. Fora do campo a
animação
foi constante, graças sobretudo ao vibrante e cativante trabalho dos speakers
de serviço. Sempre que havia uma paragem no jogo, nem que fosse de
segundos, como é habitual no basquete, lá vinha uma música com um beat contagiante ou uma piada universal, como a
assistência.
Vimos até um cachecol português por entre a assistência, mas nós esquecemo-nos de
ir trajadas a rigor.
Quanto a esta arena, ela é uma estrutura temporária, para a qual ainda não se sabe muito bem o destino próximo, que pode até ser os Jogos Olímpicos do Rio em
2016, mas sabe-se que foi construída utilizando materiais simples, ao invés de betão, por blocos, para
permitir a sua mudança de local.
No seu interior, com capacidade para 12000 pessoas, houve o
cuidado de escolher cadeiras de cores preta e laranja, as cores do basquete
(apesar de esta arena ter acolhido também jogos de andebol). Mas é o seu exterior que cativa. As placas de tela branca em pvc
utilizadas permitem que se assista a mais uma obra de arte, desta vez um jogo
de luzes que atinge todo o seu apogeu à noite. Assim, à saída vimos a arena transfigurada com as cores da bandeira
francesa, a vencedora do último jogo da sessão nocturna que nos tocou em sorte.