É como que uma cidade à parte.
Tem uma dimensão em área superior à de muitas sedes de concelho do nosso país. Economicamente e culturalmente então nem se fala. A superioridade é absurda.
Ainda por cima, Chinatown tem vindo a crescer, deixando a Little Italy, mesmo ali ao lado, o mero papel de um enclave (a propósito, em Setembro comemorava-se o Festival de San Gennaro, com os restaurantes e banquinhas de comes e bebes da Mulberry St engalanados para receber os convivas. Assim uma espécie dos nossos Santos Populares em ponto pequenino). Também o Lower Esat Side, tradicionalmente terra dos judeus, tem vindo a ser invadido pelos chineses e vietnamitas que não param de chegar a Nova Iorque.
Os nomes das ruas encontram-se expressos tanto em inglês como em chinês, pelas ruas fala-se mais chinês do que inglês (e do que o espanhol, a língua que dominará daqui a poucos anos) e é tão fácil arranjar um jornal chinês quanto um americano. Vêem-se chineses a conduzir as suas bicicletas, a jogar mahjong nos parques e a praticar tai-chi mesmo ao lado de miúdos que jogam basquete.
A confusão nas ruas é total. A principal e mais movimentada é a Canal St. Quem vai à procura das imitações dos produtos de marca é melhor levar a lição bem estudada, pois é certo que o mais fácil é perder-se nesta imensidão de centro comercial a céu aberto. Aqui tudo se vende, mas o mais interessante aos olhos desta que escreve são mesmo os mini-mercados que por aqui abundam, com produtos estranhíssimos mas, certamente, muito saborosos e com a grande vantagem de nos fazer variar na comidinha do nosso dia a dia.