segunda-feira, janeiro 28, 2008

Os Novos Edifícios de Londres

Dos novos edifícios de Londres, os que mais gostei de admirar, circular e sentir o seu carisma foram o City Hall e, mais que tudo, o “30 St Mary Axe” – ambos projectos de Sir Norman Foster.



O City Hall está instalado desde 2002 na margem sul do Tamisa, a pouquíssimos metros da Tower Bridge.
Tomou uma forma curiosa, uma espécie de Torre de Pisa do século XXI pela sua inclinação propositada, ao que alguns chamam “ovo de vidro” e outros, designadamente o próprio Mayor de Londres, Ken Livingstone, preferem chamar “testículo de vidro”.



Aproveitando ainda a sua localização agradavelmente privilegiada, no exterior do edifício existe uma área “The Scoop” que serve de anfiteatro onde se realizam diversos programas de entretenimento. Ou seja, apenas mais uma animação para a margem Sul do Tamisa que para além da Tower Bridge tem ainda como chamariz a pouca distância a Tate Modern, o Southbank Centre (mega complexo de artes e espectáculos), o National Theatre e o Eye.


E quanto ao “30 St Mary Axe” – nome da rua onde está instalado (ou “The Gherkin” – pela sua forma de pepino – ou “Swiss Re Tower” – nome da seguradora que primeiro o ocupou)?
Bom, este foi uma agradável surpresa.
A sua construção terminou em 2004 mas desde aí que tem vindo a firmar todo seu carisma, seja por ser um dos edifícios mais altos de Londres (180 metros), seja por ser projecto de Norman Foster, seja por ter aparecido nos filmes Instinto Fatal 2, com Sharon Stone, ou Match Point, de Woody Allen.
Ou seja, simplesmente, por ser bonito, todo de vidro, parecendo um pepino, um foguetão ou qualquer coisa com forma fálica.
Talvez seja isso – um edifício que pode representar muitas coisas ao mesmo tempo, que se presta a dar largas à nossa imaginação, que fica registado na nossa mente e que ainda para mais é amiguinho do ambiente.



E na minha admiração pelo “The Gherkin” pareço não estar sozinha. Afinal, este foi eleito em 2006 pelo povo de Londres o melhor novo edifício e é actualmente um dos mais amados de todos os que compõem o seu skyline.



E a sua forma alongada de foguetão pronto a ser disparado rumo ao céu é visível quase que de toda a parte (diz-se até que se vislumbra a sua silhueta a cerca de 20 milhas de distância), tornando-se ainda mais facilmente identificável e simpático à noite, quando as luzes dos seus 41 andares se mantém acesas e o efeito destas sobre o vidro escuro redondo nos dá uma imagem ainda mais futuristica.



O mais curioso é que sendo este um dos edifícios mais altos de toda a Londres, está implantado numa área da City, bem no meio do seu distrito financeiro, entre ruas estreitas com uma só faixa de circulação automóvel. Aparece-nos, assim, quase que entalado entre ruelas e outros edifícios bem mais baixos, deixando-nos tão pouco espaço para o circundarmos que quase que os nossos pescoços não conseguem alcançar toda a sua extensão vertical.
As fotos, essas, é garantido: com uma máquina com um zoom banal (como é o nosso caso) é impossível caber lá todo o edifício. Ficam, todavia, algumas panorâmicas interessantes.




Outro ponto de interesse perto do “The Gherkin” é o “Lloyd´s Building” de Richard Rogers, o arquitecto (juntamente com Renzo Piano) do Centro Pompidou de Paris e que, à semelhança deste, tem como atractivo ter determinados equipamentos como as escadas e os canos de electricidade e água no exterior do edifício, daí resultando uma imagem mais própria de filmes de ficção científica.
Sem fotos, todavia, as quais ficarão para uma próxima, quando a construção do edifício “122 Leadenhall Street”, uma torre de 225 metros de altura do mesmo Richard Rogers, estiver completa.