O último fim-de-semana foi passado em Leiria e arredores. Fui de visita a uma amiga, que, ao fim de alguns anos a viver naquela capital de Distrito, não consegue deixar, por vezes, de se sentir desterrada.
Num dia e meio, tempo que por lá estive, é difícil fazer uma avaliação precisa, porém compreendi algumas críticas, nomeadamente ao que à tacanhez e conservadorismo das gentes respeita.
O exercício que, ultimamente, em momentos de desespero a minha amiga desempenha é listar o que ali há de bom. E na verdade é que, como em todos os sítios, há sempre algo positivo a salientar. Vou dar uma ajudinha.
O Castelo de Leiria, ex-libris da cidade, e classificado como Monumento Nacional. Este castelo medieval, de estilo românico/gótico, foi mandado construir por D. Afonso Henriques em 1135.
A intervenção nas margens do rio Lis no âmbito do Programa Polis, com a qual se procurou integrar o rio na vida da cidade. Criaram-se percursos pedonais e ciclovias, bem como zonas verdes e de recreio e lazer. A ligação entre as duas margens do rio Lis passou a ser efectuada através de diversas pontes pedonais temáticas (ponte bar, balcão, piquenique, sofá, parque infantil e três arcos), que a par de alguma polémica trouxeram alguma imaginação.
A Praça Rodrigues Lobo, de uma grande elegância e que, com as suas esplanadas, é o ponto de reunião das gentes da cidade.
O Arco da Rua Afonso de Albuquerque, nas imediações da Praça Rodrigues Lobo.
Toda a Leiria medieval, cujas ruas têm vindo a reinventar novos usos. Exemplo disso são os diversos edifícios que foram reconvertidos em lojas, bares e restaurantes trendy, e que trouxeram outra dinâmica e vivência à cidade. Exemplo disso é a antiga Pharmácia Leonardo Guarda e Paiva, cuja fachada é revestida a azulejos azuis e brancos da Fábrica de Lamego, e que depois de anos desactivada ganhou um novo uso (bar).