Desenhada pelos arquitectos espanhóis Santiago Calatrava e Felix Candela, e inaugurada em 1998, a Cidade das Artes e das Ciências é um complexo que, aparte a sua arquitectura fabulosa, pretende ser um centro cultural e de entretenimento.
O L´Hemisfèric, o primeiro edifício a ser inaugurado, passa filmes IMAX e outras projecções futuristas e serve também de planetário;
O Museo de las Ciencias Príncipe Felipe é, como o nome o indica, um museu dedicado às ciências com cerca de 40000 m2;
O Palau de las Artes Reina Sofia é dedicado à música;
O Oceanogràfic bate o nosso Oceanário de Lisboa como o maior da Europa (e é o único equipamento desta “cidade” que não é desenhado por Calatavra, mas antes por Candela);
O L´Umbracle é uma mega estufa que alia o gosto pelas doces plantinhas ao gosto pela própria estrutura onde elas estão implantadas – linda, linda.
Assim como lindos, lindos são os passeios que nos permitem caminhar por entre os vários edifícios, sempre bordejados pela água e ponteados aqui e ali por esculturas que alindam ainda mais o sítio.
Mais recentemente, e como se pudessem ainda conferir mais elegância à “cidade”, chegaram a Puente de l´Assut de L´Or e El Ágora, espaço que já serviu para realizar vários concertos e eventos desportivos.
Bom, mas esta é a versão oficial da história.
Por largos momentos lá, e quando ainda hoje, a uns kms de distância, penso na Cidade das Artes e das Ciências, o espaço parece-me uma outra coisa.
Pese embora a vegetação e a água que os rodeia, tomo o Palau como uma enorme nave espacial ou como a cabeça de um assustador monstro de outro planeta; o L´Hemisfèric não pode deixar de ser um dos 3 olhos desse monstro; e o Museo é o corpo – em esqueleto – cheio de ossos desse monstro.
Mas na verdade nada é assim tão assombroso. Ou pelo menos num sentido de assombro negativo. Sim um assombro estético superior de feliz imaginação e ainda mais feliz execução.