A Quinta da Casa Branca é um boutique hotel, membro dos Small Luxury Hotels of the World (pequenos hotéis de luxo do mundo), muito bem localizada no Funchal, perto quer da zona turística do Lido como do centro da cidade.
Mas é sobretudo uma quinta-jardim que pode ser visitada por qualquer um de nós mesmo que não esteja lá alojado. Se lá ficarmos alojados, tanto melhor, teremos acesso a todas as belezas, confortos e espaços do lugar. Por exemplo, quartos que se prolongam pelo jardim fora, piscinas plenas de ambiente e uma sala de pequeno almoço acolhedora que, juntamente com o menu disponibilizado, nos prepara para mais um grande dia nesta Ilha belíssima.
Vencedor em 1999 do "Prémio de Arquitectura da Cidade do Funchal", o projecto de adaptação da Quinta a hotel está extremamente bem conseguido. De autoria do arquitecto local João Favila Menezes, inspirado em Frank Lloyd Wright, o que apreciamos desde 1998 é a parceria entre a arquitectura contemporânea e o ambiente natural do espaço. Os edifícios em pedra negra (ardósia) que remetem para o carácter vulcânico da Ilha, longos e de dois pisos onde predomina o vidro que se abre a toda a paisagem envolvente, estão perfeitamente integrados na natureza e deixam-se absorver por ela.
Este minimalismo feito de pedra e vidro permite que a luz natural seja uma presença constante quer nos espaços ao ar livre quer no interior dos quartos - e recepção, donde se obtém uma vista fantástica do seu terraço feito esplanada.
Destaque ainda para a Casa Mãe - o edifício branco do século XIX que dá nome à Quinta onde ainda hoje os proprietários habitam -, todo um mundo de requinte e elegância à parte. Há poucos anos foram aqui criadas umas suites, para além de acolher o mais luxuoso e formal restaurante da Quinta).
Seguimos directos para o jardim.
Um pouco por toda a Madeira, incluindo num qualquer bairro residencial do Funchal, encontraremos plantações de bananeiras. Na Quinta da Casa Branca elas não poderiam, assim, faltar. Aliás, foi precisamente à plantação de bananeiras (e de vinha) que se começaram a dedicar os antepassados dos proprietários da Quinta, os ingleses da família Leacock, no século XIX.
A sua Quinta é hoje um autêntico jardim botânico. Luxuriante, um imenso manto verde feito de cerca de 1,2 hectares recebe árvores e plantas tropicais vindas de todo o mundo. As buganvílias e estrelícias não faltam. Mas a seu lado encontramos a planta da seda, a árvore da canela, a mangueira, palmeiras e, depois, nomes como sumaúma, dombeia, marcamia, vigandia, canforeira, árvores de fogo, chamas da floresta, costelas de Adão, lágrimas de amor, tis, cássias, abélias, maçarocos, aloés, glicínias - ah, este último nome já o ouvi.
A exuberância não se revela apenas nos nomes das espécies, mas também nas suas formas, cheiros e, sobretudo, cores.
Em resumo, a Quinta da Casa Branca é puro relaxamento, seja no seu spa, piscinas, quartos ou num dos restaurantes, donde se pode usufruir de toda a tranquilidade no meio do Funchal.