Se nos primeiros dias apenas vislumbrámos uns, poucos, fios de água pela Serra do Gerês afora, já no dia seguinte à grande chuvada podia observar-se abundantes quedas de água por todos os cantos.

A diferença entre a água plácida e calma da Portela do Homem no “dia de Verão” e o tormentoso correr da mesma água no “dia de Inverno”, então, era abissal. Indiscutivelmente, a preferência vai para o primeiro dia. A água proveniente do Rio Homem é por aqui distribuída em patamares, cada um formando uma piscina natural, possibilitando que aqueles que se encontram em melhor forma física e desejam alguma privacidade encontrem o seu cantinho de sonho. A água é absolutamente transparente. E fria.

Outra cascata, a do Arado, apesar de na sua cota inferior não produzir a mesma tranquilidade da da Portela do Homem, deslumbra-nos pela sua altura e força da sua água que cai veloz sobre uma pequena piscina natural. Subindo pelo vale acima, dizem (porque não o fizemos), encontraremos mais e mais cascatas e mais e mais locais que nos dão a sensação de estarmos sozinhos num mundo aparte.

Aqui perto fica o Miradouro da Pedra Bela, ponto privilegiado para assistirmos a parte da beleza esmagadora da Serra do Gerês juntamente com uma das várias barragens que por aqui foram criadas, neste caso a da Caniçada, com Rio Caldo e Caldas do Gerês também lá no fundo.
