sexta-feira, agosto 27, 2010

Vale Sagrado

Dadas as distâncias, as estradas e a própria flexibilidade e frequência de transportes públicos, a melhor opção para se visitar o Vale Sagrado é através de uma visita organizada em grupo (ou alugando um táxi só para nós). Com isso perde-se uma das experiências mais incríveis que se pode ter na América do Sul – o viajar com e como os locais.
Os lugares indisputados são os de Maras e Moray, Pisac e Ollantaytambo, bem como os mercados de Pisac e Chincero. O problema das excursões, para além de lá caírem os bimbalhocos todos (lugar onde livremente nos poderão também incluir), é que uns pretendem dedicar mais tempo aos sítios arqueológicos, outros aos mercados para as comprinhas e outros ainda ao almoço. Para agradar a todos, e como de costume, feitas as contas não se fica tempo suficiente em nenhum lado. Ou seja, resta aquela sensação do podia ter sido mas não foi. E foi mesmo o caso, com direito, porém, a um bónus de uma emocionante discussão e quase motim quando o intrépido guia decidiu arrancar com o autocarro face ao atraso do casalinho peruano, mesmo tendo estes os seus pertences no dito autocarro. “Solidários”, gritou a argentina ao meu lado, talvez em memória do seu conterrâneo mais famoso. O certo é que o autocarro não arrancou sem o parzinho e estes insistiram em continuar a chegar atrasados. Resultado? Chegada a Chincero no final do dia, com a noite posta.
Uma treta, esta vida de excursionista forçada.
No entanto, esta visita pelo Vale Sagrado, com o Rio Urubamba e as montanhas dos Andes por companhia é obrigatória e inesquecível pela quantidade e qualidade de vestígios portentosos que os incas nos legaram.