quarta-feira, novembro 23, 2005

Sugestões

Comecei a prestar atenção e a gostar de arte há pouco tempo, já a adolescência lá ia.
Desejar ter os museus de Nova Iorque à porta, como afirmei em post anterior, é um exagero.
Ainda que Lisboa pudesse ter uma dinâmica muito maior no que diz respeito à exposição das grandes obras da arte mundial, e não apenas à dinâmica dos problemas de gestão e de programação do CCB ou da indecisão do lugar que acolherá a colecção Berardo, mesmo assim ainda se vai arranjando muita coisa interessante para ver pela cidade e seus arredores.
Ficam aqui 2 sugestões de exposições, ambas patentes até meados de Dezembro:


- “Assim... assim... assim... para gostares mais de mim”, Fátima Mendonça, na Culturgest.
Aparece-nos como muito louca, com telas enormes, coloridas, e remete-nos para um mundo de fantasia, de casinhas, de bolos de morango e chocolate, de próteses, de toureiras. Não entendi o que é que aquela misturada toda faz para ali, mas lá que é bem humorada e gostosa, lá isso é;


- “Um Tempo e Um Lugar – dos anos quarenta aos anos sessenta / dez exposições gerais de artes pláticas”, no Celeiro da Patriarcal, em Vila Franca de Xira.
Evocação dos 50 anos das Exposições Gerais de Artes Plásticas, que tinham lugar na Sociedade Nacional de Belas Artes. Pintura, desenho, escultura, tapeçaria e arquitectura estão aqui presentes.
É agradavelmente surpreendente que Vila Franca de Xira acolha uma mostra de tamanha qualidade, abarcando um perídodo largo (20 anos – entre 1940 e 1960) da nossa história cultural e social que, apesar da ditadura – ou por sua causa –, não deixou de ser criativa. Com a colaboração de outras instituições, públicas e privadas, foi possível reunir nesta exposição obras dos mais importantes artistas portugueses daquela época. Do que mais gostei – porque não conhecia – foi das obras de Abel Salazar, António Quadros (“Raparigas”), Avelino Cunhal e Mário Dionísio.