Num Domingo luminoso deste Outono um grupinho de cinco meninas foi caminhar entre a Fonte da Telha e a Lagoa da Albufeira.
Auto-retrato das cinco
Iniciámos o percurso junto ao portão da NATO, espaço inserido na Mata dos Medos, constituída por pinheiro manso, Sabina-das-areias, Aroeira, rosmaninho e tomilho, e logo seguimos para a crista da Arriba Fóssil da Costa da Caparica, que é classificada como paisagem protegida pelo Instituto da Conservação da Natureza e Biodiversidade (ICNB).
Se a Costa da Caparica é, sobretudo no Verão, invadida por lisboetas sedentos de lazer, este área protegida, que se estende da Costa de Caparica à Lagoa de Albufeira, ainda que seja um elemento dominante desta orla litoral, contínua a ser um tesouro pouco conhecido e, essencialmente, pouco vivido. Mas não será certamente por falta de beleza.
Resultado da intervenção erosiva do mar e do vento ao longo dos tempos, este elemento escarpado apresenta sulcos e reentrâncias que dão perspectivas fantásticas e de grande beleza, onde os tons amarelados da rocha da Arriba contrastam com o verde da vegetação e o imenso azul do mar.
Para além do inegável valor paleontológico, é possível observar a flora.
Rosmanhinho e cogumelo, igual ao da casinha dos Estrunfes
Á medida que nos aproximamos da Lagoa da Albufeira a forma abrupta da Arriba vai-se diluindo até se transformar em duna. A vegetação passa a ser mais rasteira.
Este é o ponto de retorno e o ideal para uma pausa para descanso e lanche a observar a imensidão do mar.
O regresso faz-se pela praia, sempre com a presença da imponente Arriba e em pleno convívio com as gaivotas.
Quando nos aproximamos da Fonte da Telha urge subir a Arriba pelo trilho que se apresenta, de forma a chegarmos ao topo e nos embrenharmos pela vegetação para regressarmos ao ponto de partida. Mas agora mais felizes pela magia da paisagem.