E, finalmente, o caminho inca. O tão sonhado e desejado caminho inca aos 35 e 34 anos das manas.
Machu Picchu é o sítio arqueológico mais importante do continente americano. Descoberta apenas em 1911 pelo historiador americano Hiram Bingham – que possui um livro disponível na internet sobre a sua expedição “Inca Land – Explorations in the Highlands of Peru” em www.gutenberg.org/etext/10772 - , a cidade (que se julgava) perdida dos incas é o destino de quase todos aqueles que vêm a Cusco e, até, ao Peru.
Existem várias hipóteses para se lá chegar. A mais comum é a viagem de comboio de cerca de uma hora e meia a partir de Ollantaytambo (a cerca de duas horas de autocarro de Cusco) até Aguas Calientes, o povoado sem graça que nos recebe antes de entrarmos na cidade dos incas. Um aviso. Em tese, qualquer pessoa, nova ou velha, pode alcançar Machu Picchu. Acontece, porém, casos de quem por força da elevada altitude de Cusco (3326 metros) e de uma má aclimatização à zona tenha de voltar para altitudes mais baixas. Machu Picchu, essa, está apenas a 2430 metros acima do mar, logo, não é isso que irá impedir a jornada. Mas que atrapalha, ai isso atrapalha.
Apesar de existirem treks alternativos de mais ou menos dias, a outra hipótese mais comum de se chegar a Machu Picchu é percorrendo o trek de 4 dias – o caminho inca original (ou mais ou menos original, como se verá depois). Quem opta por este trek percorre caminhos que atingem os 4200 metros. Um novo aviso, pois. Em tese, qualquer pessoa, nova ou velha, com um mínimo de preparação física pode alcançar Machu Picchu desta forma. Acontece, porém, casos de quem seja atleta, que se considere numa condição física bem acima dos mínimos e se veja e deseje para conseguir terminar o trek. Bom, talvez seja exagero da minha parte esta descrição. Mas que o segundo dia do trek, o tal onde se vai a modestos 42000 metros de altitude, é verdadeiramente difícil e, até, penoso, ai isso é.
Sigamos, pois, dia a dia a nossa caminhada adentro o mítico império inca.