sábado, fevereiro 02, 2013

Kowloon


Kowloon é parte continental dos territórios de Hong Kong.

Nos últimos anos tem tido um crescimento enorme e já vai rivalizando com a ilha no que a  arranha céus diz respeito. De tal forma que o edifício mais alto de Hong Kong fica aqui. É o International Commerce Centre, tem 484 metros de altura e é o quinto edifício mais alto do mundo.
 
 
Mas há mais edifícios que se destacam na paisagem, como o One Peking Road, baixote para os padrões locais, ou a mega construção do Centro Cultural de Hong Kong, cujas escadarias são boas para tirar fotografias de noivos. Houve polémica com a sua entrada em cena, principalmente por ter vindo ocupar uma zona tão nobre como Tsim Cha Tsui e sua promenade com vista de luxo para o skyline de Hong Kong, ficando assim a ser vizinho da histórica Torre do Relógio.


Nem assim, conseguiram retirar as atenções do vizinho hotel The Peninsula, ainda hoje um dos mais glamourosos da Ásia. Esta zona tem uns quantos hotéis luxuosos, a condizer com a vista que proporcionam, só acessíveis a uns quantos.



Mas Kowloon é muito mais do que edifícios.

É, sobretudo, o lugar da vista. Seja percorrendo a Avenida das Estrelas, com Bruce Lee como guardião do skyline de Hong Kong, seja atravessando o Porto Victoria a bordo do Star Ferry. Todas as noites, às 20:00, na promenade de Tsim Sha Tsui, há um espectáculo a que chamam "Sinfonia das Luzes", misto de show pirotécnico com música. Não se pode perdê-lo, mas é bom não criar grandes expectativas, pois tirando a vista nocturna, este "espectáculo" tem pelo menos 15 dos seus 20 minutos a mais.

Este é também o local para se comprar de tudo. Sejam grandes marcas sejam os produtos aldrabados. Mas é lugar também para compras de meio termo.


Caminhando Nathan Road acima encontramos as lojas de marca acessíveis ao bolso médio. Entrando pelo bairro de Yau Ma Tei, as suas ruas laterais são tomadas pelos inúmeros mercados, sendo o mais conhecido o Temple Street Night. Dizem que aqui se encontra de tudo, mas, seguindo uma tradição longa que inclui o Grande Bazar de Istambul, não consegui uma vez mais comprar nada. Para os meus sentidos, as imitações pareceram pindéricas. Os próprios vendedores sabem que estão a vender objectos falsos e fazem questão de o demonstrar na confecção dos objectos.


Achei mais piada à zona de Mong Kok, mais para norte. Aqui temos quarteirões inteiros dedicados ao comércio de uma só actividade. Seja de computadores (ou mais modernamente tablets), aquários e comida para peixinhos, comida e utensílios para cãezinhos, flores. Até um jardim dos pássaros, onde os seus donos os vão passear dentro das suas gaiolas e depois ficam ali ouvindo-os cantar e, por vezes, soltando-os um pouco.



Mais afastado do centro de Kowloon ficam duas atracções que só por si merecem que Hong Kong seja incluída nos nossos itinerários: o Templo de Sik Sik Yuen Wong Tai Sin e o Convento de Freiras Chi Lin (ver postes seguintes)