Interessante constatar que o culto da personalidade ao grande
timoneiro persiste ainda hoje. Ao seu mausoléu
acorrem todos os dias milhares de chineses em excursão, dignando-se esperar ordeiramente na
fila (sério?
deve ser o único
lugar em que fazem fila). Não
quisemos perder este género
de beija mão.
Afinal de contas Mao, tal como nós,
era adepto da natação.
Só por
isso.(linda a história
- verdadeira - de que Mao recebeu Khrushchev
na sua piscina e o russo, como não
sabia nadar, teve de colocar umas braçadeiras.
Foi o Kissinger que me contou). O mais curioso é
que praticamente não
havia estrangeiros (leia-se ocidentais) para confirmar a verruguinha de cera no
queixo de Mao. A visita é
curta e conta-se de uma penada: a fila anda a passo à volta do edifício enorme do
mausoléu mas
flui bem, durando menos de uma hora naquele meio da manhã; à
aproximação
da sua entrada inúmeros
vendedores de raminhos de flores brancas e inúmeros
visitantes compradores das ditas; mais revista de segurança, isqueiros não entram; primeira
sala a visitar sem parar o passo é
onde se depositam as flores no sopé
de uma imensa paisagem de natureza verdejantemente pintada; segue-se a
sala que todos esperam e, ei-lo, placidamente deitado no seu descanso eterno;
vrum, já está.
Quanta ligeireza a falar de um monstro que é igual ou pior do
que os de direita, pensa a mamã.
Pois. Para que não
fiquem dúvidas,
sigo a linha oficial do partido: foram erros, sim, mas a intenção foi boa.
Sigamos. Para a Cidade Proibida.