terça-feira, julho 29, 2014

Templo do Céu

O Templo do Céu, ou altar do céu, é outra das atracções de Pequim que não pode ser perdida.

Mandado construir pelo imperador Yongle, tal como a Cidade Proibida, no princípio do século XV, é um belo exemplo da arquitectura Ming, embora posteriormente fosse sendo objecto de várias adaptações e reconstruções, quer ainda durante a dinastia Ming como posteriormente na Qing.

Este complexo abarca diversos edifícios e um parque fantástico, de que os chineses fazem bom uso, seja para praticar exercício físico seja para conviver. Como não fomos visitá-lo de manhã cedo, não apanhamos os chinoquinhas a fazer tai-chi, mas apanhámo-los em animadas sessões de cartas e mah-jong e em amenas cavaqueiras.




O parque é enorme e belíssimo e é abrigo de diversas espécies de árvores. O que mais encantou, sobretudo, foram as cores em exibição, variadas mas todas elas encantadoras, num espaço soberbamente arranjado onde impera a ordem, a harmonia e a beleza.

Quanto ao Templo do Céu em si, este é o lugar onde os imperadores vinham todos os anos, como filhos do céu, para renovar a sua dignidade imperial, expiar os pecados do seu povo e pedir boas colheitas. Para esse efeito, aqui eram levadas a cabo cerimónias e rituais não só de preces, mas também de sacrifícios. Este é, pois, um altar de sacrifícios onde se faziam cerimónias de adoração do céu.



O complexo é composto por diversos salões, corredores e altares. O que mais me seduziu foi o Salão das Preces para as Boas Colheitas, um edifício de três andares, cada um deles simbolizando a humanidade, a terra e o céu. O céu é o mais alto e a terra o mais baixo, reflectindo o conhecimento chinês ancestral segundo o qual o céu é redondo e a terra é quadrada. O mármore e a sua forma transmitem uma elegância sem palavras.