Depois do primeiro dia sempre a andar, com uma pausa ao final da tarde e noite para pedalar, até que as pernas no segundo dia estavam relativamente seguras. Normalmente estas coisas pagam-se a partir do terceiro dia.
De Pigalle até à Sacré Couer não é uma distância grande, a questão é que é sempre a subir. Montmartre, bairro boémio que nos finais do Século XIX e princípios do Século XX atraia um sem número de escritores, poetas e artistas, entre os quais Picasso, perdeu entretanto esse estatuto de loucura nocturna, de cabarés e bordéis. Neste Butte vive-se hoje um ambiente mais pacato, com ruas estreitas de casas bem conservadas (uma constante na grande Paris) e praças a marcar a subida. A principal é a Place du Tertre, com esplanadas e quase que com um retratista e pintor para cada turista. Aqui pertinho fica o Espaço Salvador Dali, com algumas esculturas do mestre do surrealismo, bem como ilustrações que fez para algumas obras literárias. Ah! Aqui pode também observar-se o estranho mas famoso sofá em forma de lábios, de sua criação.
O difícil em Paris é fazer-se uma triagem dos inúmeros museus e espaços culturais a visitar.
Dois passos mais e chega-se enfim à Sacré Couer, uma das vistas mais bonitas de Paris. Pena é o ambiente de Igreja de Nossa Senhora do Bonfim, com dezenas de rapazes a tentar impingir aos turistas uns fios que, sinceramente, não sei o significado, pois consegui escapar bravamente às suas insistências.
Para a tarde, e depois da passagem pela zona des Invalides e visita ao Museu Rodin, uma ida a Roland Garros. Afinal, Maio é o mês do maior torneio do mundo em terra batida, o mais importante Grand Slam do Ténis, a par de Wimbledon (para mais informação sobre esta matéria sugere-se uma visita ao blogue das lamentações desportivas).