La Défense.
Em Paris, mas não no centro, finalmente um lugar onde não existem montanhas de turistas. La Défense é o local onde se encontram concentrados os arranha-céus de Paris. É como que um bairro criado de propósito para os acolher, criado no fim da década de 50, como palco para desenvolver ambiciosos projectos de engenharia civil. Os edifícios aqui situados contemplam habitação, escritórios, comércio, e o espaço público procura servi-los. E funciona como um jardim de arte contemporânea, onde se vão encontrando peças de escultura, murais e lagos que se pretendem monumentais. Gostei muito. Noutra escala, fez-me lembrar o Parque das Nações, do qual sou igualmente fã.
O edifício mais reconhecido em La Défense é o denominado Grande Arche de la Défense. Está implantado de forma a que represente uma continuação em linha recta dos Champs-Élysées, Arco do Triunfo e da Av. Charles de Gaulle até desembocar na Esplanade de la Défense. Esta obra, do arquitecto dinamarquês Johan-Otto von Spreckelsen e inaugurada em 1989, pretende simbolizar uma janela aberta ao mundo.
De volta ao centro de Paris, para a subida à Torre Eiffel, o reencontro com as multidões. Para a subida pelo elevador, filas e, consequentemente, esperas intermináveis. A opção recaíu pelas escadas, à la pata. É um daqueles postais que se tem mesmo de “comprar”, ou não estivesse a Torre Eiffel ali sempre à espreita em qualquer canto de Paris.
Depois do almoço, a primeira oportunidade da viagem para sentar e relaxar um pouquinho. Parece de facto imperdoável que numa cidade como Paris, dita a mais romântica, com o Sena, com as suas esplanadas, com os seus jardins, não se guarde tempo para, simplesmente, se estar. Pois é, antes tarde do que nunca, a escolha foi o Jardin des Tuileries. Com o calor abrasador, cerca de 28 graus, na hora da sesta e com aquelas cadeirinhas reclinadas no meio do jardim... o resultado só podia mesmo ser uma soneca.
Depois da dita, atravessa-se o Sena a fim de visitar o Museu D´Orsay, instalado numa antiga estação de comboios, brilhantemente adaptada para receber as obras – pinturas, esculturas e outros objectos de arte – criadas entre 1840 e 1914.
No retorno à margem direita do Sena, tempo ainda para assistir ao começo do pôr do sol visto atráves da Pirâmide do Louvre. Amanhã será o último dia em Paris, ou melhor a última manhã, dedicada em exclusivo a este museu.