As Cinque
Terre foram o pretexto para a viagem a Milão e Génova.
Se são distantes de Milão, também o são de Génova para se querer fazer o passeio de conhecê-las todas num só dia. Era um projecto ambicioso, sabia-mo-lo à partida. Mas a missão tornou-se mais difícil quando, saídas bem cedinho de Génova, o comboio ficou parado cerca de uma hora na linha, ao que parece por um indivíduo nela se ter atirado. E acabámos por já chegar a Monterosso, a primeira das Cinque Terre para quem vem do sentido Génova, às 10h 30m.
Se são distantes de Milão, também o são de Génova para se querer fazer o passeio de conhecê-las todas num só dia. Era um projecto ambicioso, sabia-mo-lo à partida. Mas a missão tornou-se mais difícil quando, saídas bem cedinho de Génova, o comboio ficou parado cerca de uma hora na linha, ao que parece por um indivíduo nela se ter atirado. E acabámos por já chegar a Monterosso, a primeira das Cinque Terre para quem vem do sentido Génova, às 10h 30m.
Alguns
factos:
As Cinque
Terre são Monterosso, Vernazza,
Corniglia, Manarola e Riomaggiore.
Monterosso
é a mais populosa. Corniglia a única que não fica logo à beira mar.
Porto
Venere, um pouco mais adiante, é por vezes considerada a sexta
"terre" e é também património da Unesco.
Todas
elas ficam na Riviera di Levante, Liguria.
Às Cinque Terre chega-se de
comboio, de barco ou a pé. Entre as Cinque Terre
utiliza-se os mesmos meios. Mas por esta época, depois de enxurradas de
há tempos que provocaram
aluimentos graves, as caminhadas estavam vedadas. Incluindo a possibilidade de
fazer a famosíssima Via del Amore, cerca de
20 fáceis minutos a ligarem
Manarola e Riomaggiore.
Pena.
E pena
também não ter dado para conhecer Corniglia.
E pena
ainda não ter caminhado com um pouco
mais de tempo para descobrir a vista tradicional de Vernazza, nem de propósito a vista símbolo das Cinque Terre.
Na
verdade, apesar dos dias grandes de Verão, com muita luz até tarde, perde-se algum tempo nas deslocações entre as terras. Não há milagres para um só dia, daí que não haja que lamentar o que se
perdeu. Antes agradecer o que se alcançou.
E o que têm então as Cinque Terre de especial que faz com que demasiada gente lá acorra?
A vista e
mais vista. As suas características geográficas, instaladas junto ao mar, alcandoradas nos rochedos,
casas debruçadas sobre ele, encavalitadas
umas nas outras, rochedos e baias que adentram à
terra que vai subindo. Lá no alto formam-se socalcos,
possibilitando a exploração agrícola, sobretudo vinho, azeite e limão. À agricultura junta-se o
turismo, seja de europeus, americanos ou asiáticos
ou tão somente caminhantes
italianos que todos os fins de semana lá acorrem.
Aí temos uma conjugação perfeita. Agricultura e
turismo. Mar e montanha.
Os promontórios das Cinque Terre são
de facto belíssimos, forte concorrência da Costera Amalfitana, no sul. O deslumbre segue o
mesmo. A tal ponto que é difícil eleger qual das Cinque Terre é a mais bonita. Em localização
geográfica ficam empatadas. Nas
ruinhas que as ocupam, cheias de lojas de produtos tradicionais e restaurantes,
também não se destacam umas das outras. Quer isto dizer que vista
uma está tudo visto? Nem pensar. Há que chegar e caminhar. Com calma, de preferência. Voltar se possível. Procurar uma vista ainda
melhor. Se fosse mesmo obrigada a escolher uma, elegeria Manarola, talvez por
ter sido a que consegui ver melhor. E está feita a injustiça de destacar uma das Cinque Terre.