O concelho de Vila Pouca de Aguiar gosta de se caracterizar como sendo terra de ouro (Tresminas e Jales), de pedra (granito e xisto) e de água (a gaseificada Água das Pedras).
Falando do ouro em post seguinte, e deixando o seu maior símbolo - as Pedras Salgadas - para uma outra visita, dedicar-me-ei em seguida a outra água e ao granito. Dois desvios breves da estrada nacional que liga Vila Pouca de Aguiar a Vila Real são obrigatórios.
Um primeiro, para uma visita ao Parque de Lazer Lagoa do Alvão, também conhecido como Barragem da Falperra.
Este espelho de água é um habitat natural de fauna e flora integrado na Rede Natura. Temos um parque de merendas instalado num denso arvoredo e um trilho pedestre circular que pode ser percorrido ao longo da lagoa. A paisagem que a rodeia é belíssima.
Voltando à estrada nacional no sentido de Vila Real, um segundo desvio que se impõe é para Castelo de Pena de Aguiar.
Vamos subindo na estrada e avistando lá em cima aquilo que parece uma ruína.
Antes de o confirmarmos, porém, temos de passar por um túnel de videiras e por umas rochas irreais. Há para aqui um castelo, sabemo-lo, e este é um mundo de fantasia e as pedras são os elementos decorativos ideais.
A paisagem do alto do Castelo é soberba. Alcançamos todo o vale de Aguiar, Serra do Alvão para um lado, Serra da Padrela para o outro, povoação de Castelo de Aguiar a esconder-se atrás da muralha do seu Castelo.
Este Castelo - confirmamos cá em cima que é mesmo uma ruína, mas uma ruína devidamente escorada - do século X é mais uma ode ao espírito criativo do Homem em parceria com a Natureza: incrivelmente acomodado numa fraga de granito, vai vencendo o tempo e as probabilidades de equilíbrio e lá se vai sustentado séculos após séculos.