Marialva situa-se no topo de um cabeço. A meia encosta fica Devesa, a povoação onde está hoje a esmagadora maioria dos seus habitantes.
Lá em cima, na cidadela medieval restam as ruínas e uma viagem no tempo onde podemos dar largas à nossa imaginação no esforço de recriarmos aquele que nos séculos XII e XIII foi um próspero burgo.
Dentro desta cidadela muralhada encontramos a Torre de Menagem, o largo onde ficava o Pelourinho e a sua cisterna e o edifício da câmara, tribunal e cadeia com campanário. Tudo em ruínas. Conservadas apenas permanecem a Igreja de Sao Tiago e a Capela do Senhor dos Passos.
D. Afonso Henriques concedeu-lhe foral em 1179 e até ao século XVIII foi vila importante e recebia feira até que entrou em decadência. O que não decairá nunca (espera-se) é a vista altaneira e desafogada desde a sua cidadela.
Sobre o nome de Marialva, conta a lenda que Maria Alva era uma linda donzela que a todos intrigava por usar sempre saias de arrastar. Tinha muitos pretendentes mas dizia só casar com aquele que lhe fizesse uns sapatos à medida. Baltazar, sapateiro, combinou com a criada de Maria Alva colocar farinha no chão para conseguir as marcas dos seus pés e assim viu que a rapariga possuía pés de cabra, o que logo anunciou a toda a vila. Maria Alva atirou-se da torre do castelo, morrendo, e a povoação ganhou o seu nome.